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Capítulo 21-A reunião dos exércitos [O ultimo amanhecer]

POV Jared

 Havia sido uma semana cansativa para todos nós, estávamos todos bastante estressados, não lembro qual foi a última vez que algum de nós saiu para se divertir, esse silêncio, essa calmaria momentânea, nos deixa loucos.
 Não sabíamos quando poderíamos ser atacados ou quando eles voltariam, isso nos faz ficar em constante alerta, e nos causa irritação, os treinamentos ficaram mais duros e violentos.
 Ontem sem querer o Quil acabou colocando uma força a mais na mordida ferindo o Paul, nada grave, ele próprio se desculpou e ficou o tempo todo amuado por ter feito aquilo, mesmo Paul lhe desculpando.
 Depois que Collin e Brady entraram para a matilha se criou uma aversão aos dois, exceto Sam e Embry que os tratavam bem, não gostávamos deles, eles a todo custo tentam fazer o possível para nos agradar, mas eu não gosto disso, não gosto deles.
 Quil estava muito irritado e diferente, ele não falava com nenhum dos dois, as ordens a eles eram dadas por mim ou pelo Jacob, Quil os ignorava, mesmo com todos do conselho o repreendendo nada mudava a cabeça dele. Foi em uma tarde quente, estávamos na casa da Emily nos refrescando um pouco com um bom banho de mangueira e uma limonada gelada, quando Ângela chegou, como sempre nos cumprimentou, e estaria tudo bem se algo não tivesse chamado a minha atenção e a do Embry.
  Collin a seguia com seu olhar aonde quer que ela fosse, era como um predador vigiando sua presa, e as vezes disfarçadamente ele tinha um sorrisinho maldoso. Eu fiquei o olhando e via como ele ficava, como seu olhar ia para o corpo, desde o rosto dela até andar pelo corpo inteiro dela, isso me deixou bem alerta, não era um imprinting, era cobiça.
–Eu estou dizendo a vocês, esses caras são encrenca e das grandes. - eu falava para meu pai e Kim, estávamos em casa jantando juntos, um grande milagre... Não... Não era milagre, eu fui obrigado pelo Jacob a tirar uma noite de folga. Não queria isso.
–Filho, acho que essa implicância sua com eles e o Kevin está afetando você.
–É o que eu digo a ele senhor Cameron, mas o senhor conhece seu filho.
  Suspiro exasperado, Kim e meu pai acreditavam cegamente na inocência desses dois e do safado do Kevin... Mas eu, desde a briga que tivemos com eles, tinha uma danada de uma pulga na minha orelha que fica enchendo o saco.
–Vocês não entendem... Pai me escuta, tem coisa errada nisso, o Kevin não iria de uma hora para a outra admitir o erro dele e se tornar o seu melhor amigo. - eu dizia a ele que me olhava e deu um sorriso, enquanto Kim suspira.
–Jared filho, um homem tem o direito de se arrepender nessa vida, Kevin reconheceu o erro, ele veio até o novo conselho junto com o pai do Brady, eles pediram perdão... Eu vi uma lágrima escorrer de seu olho.
Eu passava as mãos pelo rosto, meu Deus, meu pai está cego.
–Jared, Brady e Collin fazem tudo pela matilha, amor, dá um ponto de confiança.
Eu tinha os meus motivos para isso.
–E o jeito que o Collin olha para a Ângela, com interesse?
–Ah Jared, para, e se ele estiver interessado nela, você vai mandar no coração dele? O que importa é que a Ângela ama o Quil, é louca por ele, nem se... Se... O Ian do TVD vier na cara dela e disser que ele quer ficar com ela vai aceitar...
–Quem é Ian? - perguntei sem saber quem diabos era esse Ian que a Kim mencionou.
Como se eu tivesse feito uma pergunta boba ela sorri...
–O Ian amor é um ator.
Eu balancei a cabeça negando, Kim e a mania de me desviar do foco das discussões.
–Jared, me fala o que te faz pensar assim? De onde vem essa desconfiança toda?
Suspiro.
–Muitas coisas pai... Perguntas que surgem na minha cabeça e martelam, uma delas é como esses caras conseguiram bloquear seus pensamentos de nós, nenhum de nós consegue isso, e amor me desculpe, mas tem horas que não dá.
Kim faz uma cara de espanto e fica vermelhinha de vergonha.
–Ai Jared que vergonha, nunca mais vou poder olhar para a cara dos meninos.
–Não esquenta amor, acredite, já vimos coisas piores na cabeça do Embry.
Meu pai me olhava com atenção.
–Você perguntou isso a eles?
–Sim e eles disseram que não sabem.
Meu pai levanta as mãos como se dizendo... “Está vendo?”
–Mas pai... Tem outra coisa, éramos 4 lobos, e eles estavam lutando muito bem conosco, eles lutavam muito bem para lobos recém transformados. Kevin disse que eles tinham se transformado há pouco menos de 1 dia... Estranho, o senhor não acha?
–Ah Jared, Kevin sempre treinou bem o filho, você deveria estar feliz por ter dois caras bons de briga... Quando eu estava no exército certa vez vi um cara magrinho derrubar dois grandalhões.
–Pois eu acho que é ciúmes desses meninos, hoje quase tiveram um ataque quando viram a Emily cuidando deles, e você Jared, tem mais ciúmes da Emily do que de mim que sou sua companheira.
Eu bufo irritado, será que ninguém consegue enxergar nada, ninguém consegue perceber?
–Eu desisto, quer saber, vocês dois... - falo apontando para meu pai e a Kim. -Deveriam ficar do meu lado, deveriam me apoiar nas minhas suspeitas, mas ao contrário, meu pai e minha companheira riem de mim.
Me levanto indo para a sala enquanto escuto os dois falando.
–Se irritou.
–Ele é muito dramático senhor Cameron, Jared adora saídas dramáticas.
–A mãe é a mesma coisa, se não escuto o que ela fala faz beicinho, birra, bate o pé... Vá se acostumando Kim.
Hunf... Dramático, eu?
 Fui para a varanda me jogando na rede, mas antes coloquei um disco na velha vitrola... Sim, disco... Vocês não podem imaginar como é bom escutar um vinil.
 E logo o Deep Purple invadia a casa, uma coisa eu puxei ao meu pai, sempre preferimos ouvir um bom disco do que ver tv, penso melhor quando a música invade meus ouvidos.
 Não é consequência do meu rancor pelo que o Kevin fez, mas acho tudo muito estranho, a forma como ele de uma hora para a outra se torna o melhor amigo de todo o conselho. Não desce isso.
 Dou um sorriso ao escutar meu pai cantando e me olhando, se empolgando com o som.
–Ei, eu escutava muito isso, já te disse que quando tinha a sua idade eu tinha uma banda de rock?
Eu sorrio.
–Claro pai, e que você conheceu a mamãe em um show que você fizeram, e ela pediu para você cantar Led Zeppelin.
Ele ri.
–Sim… E eu cantei… Imagina só, um cara como eu cantando igual a Jimmy Page.
“All I need from you is all your love
All you got to give to me is all your love
All I need from you is all your love
All you got to give to me is all your love”
 Nós dois rimos, pois deveria ter sido uma cena bem engraçada, meu pai se senta ao meu lado na rede e eu o abraço carinhosamente como um menino.
–Pensei que você estava bravo comigo.
–Como pai? Como posso ficar bravo com você e com a Kim? Eu é que sou chato demais, desconfiado, ta ligado?
 Ele me olha meio rindo e começa a falar um monte de gírias, e eu rio disso, acho engraçado quando ele tenta bancar o adolescente, diz ele que é para parecer de igual para igual, pois somos amigos.
–Sim, sim! Cara eu to ligado... Você puxou ao seu coroa, mas Jared eu também entendo que pelo que ele fez e os meninos vocês fiquem meio com o pé atrás, vamos fazer um acordo, eu vou ficar com o pé atrás, vou ficar de olho no Kevin e sua corja... Está bem assim?
 Eu confirmo com a cabeça e damos um bom abraço, ele dá uma olhada para dentro de casa se certificando que não tem ninguém por perto.
–Escuta Jared... E a sanguessuga?
Eu olho para ele confuso.
–O que tem ela?
Ele dá um pigarro.
–Não... Sabe, eu fui até lá hoje verificar nosso território.
Balanço a cabeça negando e fazendo uma careta.
–Pai que diabos você foi fazer lá?
–Jared você é meu filho, você acha mesmo que eu iria deixar quieto essa coisa de treinamento com sanguessuga sem me certificar que era realmente seguro?
Ele está sério e compenetrado, e eu suspiro.
–Ela apareceu, conversamos um pouco e é até muito gentil... E delicada, e também muito bonita, tem assim um jeito de mulher fogosa sabe? Será que ela tem mais de 200 anos?
–Mulher fogosa pai? Ela é uma sanguessuga!
–Eu sei, eu sei, mas veja, ela é bem mais velha do que eu, e tem um corpinho de 20... Eu estaria em uma grande vantagem... Se bem que eu to um pouco velho, mas o velho rifle atira que é uma beleza, ta ligado?!
 Ele me dá um cutucão rindo alto. Eu não acredito que estou ouvindo meu pai dizendo que está a fim de dar uma transada com a sanguessuga.
 Ele dá um beijo em minha testa se levantando.
–Vou sair para tomar umas cervejas com a galera... Ah e não me espera e aproveita e tira o seu atraso com a Kim.
–Que é isso pai...
 Ele sai rindo, enquanto eu o olho rindo e cantando, até ele entrar no carro e ir, dou uma olhada para a cozinha onde escuto Kim mexendo em alguns pratos, fechando armários, e sim, eu realmente estava precisando de um tempo com a minha garota, me levanto indo até a cozinha onde ela está de costas e vou abraçá-la por trás aspirando seu perfume no seu pescoço, ela ri.
–Ai Jared... Seu pai.
Dou uma mordidinha no seu pescoço.
–Ele saiu, disse para a gente não esperar ele.
–Hum, quer dizer que a casa é só nossa?
–Sim... E o seu lobo está a fim de aproveitar.
  Ela me beija mordendo levemente meu lábio, enterrando as mãos no meu cabelo, fazendo uma onda de luxúria me invadir.
****
POV Ângela

   Prossegui com minha busca nesses tempos, mas tudo estava muito vago, Bella estava tão compenetrada quanto eu, e também pesquisava sobre os frios. Graças a nossa ida na casa da Rosálie eu acabei levando uma bronca do Quil e Bella uma do Jacob e como duas menininhas de 5 anos fomos proibidas de ir a casa dela novamente.
–Deve existir alguma coisa, não é possível! - eu dizia para mim mesma debruçada em vários papéis com recortes de jornais, folhas impressas da net, fotos, tudo... E o resultado era sempre o mesmo, tudo levava aos vampiros da ficção, do livro de Bran Stok, apesar do desânimo eu ainda não conseguia desistir.
 Estou lendo alguns blogs que falam sobre vampiros e um em especial me chamou atenção... Lycans... Eram denominados algumas espécies de lobisomens.
–Tão concentrada...
Sinto os lábios do Quil tocando meu ombro e dou um leve sorriso, ele andava tão diferente, às vezes parecia irreconhecível para mim, sempre estava nervoso, muitas vezes ele chegava e nem falava nada, tomava um banho, se deitava, me dava um beijo de boa noite e dormia, outras vezes nem isso, sei que suas responsabilidades e que essa falta de informações sobre os frios o deixava louco, mas temo que nosso relacionamento esfrie como o do Jake e da Bella, temo que o lobo dele se influencie pelo do Jacob e Quil acabe adquirindo a mesma personalidade.
–Estou fazendo minhas pesquisas Quil... Amor você sabia que você é um Lycan?
Ele para de me beijar e me olha erguendo a sobrancelha.
–Que é isso?
–São lobisomens que não precisam se transformar em noites de lua cheia, sua transformação pode se dar a qualquer momento e em algumas vezes até mesmo seu comportamento muda adquirindo totalmente o lado do lobo.
  Ele sorri lindo e eu acabo beijando seus lábios.
–O que mais minha arqueóloga descobriu?
  Quil achava minhas pesquisas uma grande brincadeira, ele sempre dizia ao Jacob coisas do tipo... “Ah deixe que as meninas se divirtam um pouco”... Odeio quando ele me trata como uma criança, mas até que não é uma má ideia ele pensar que minhas pesquisas são brincadeira de criança, assim posso trabalhar em paz.
–Você sabia que na África há séculos atrás diziam que para se matar um vampiro deveria pregar seus pés com pregos de prata?
 Quil dá uma grande gargalhada e se levanta indo se arrumar, eu levanto minha visão o vendo ainda de boxer azul, sua bundinha linda que dá vontade de apertar, cabelos molhados, pois acabou de sair do banho, faz alguns dias que não temos nada por ele chegar cansado ou nervoso e acho que é culpa minha também, eu deveria procurá-lo... Nota mental: esquentar as coisas... Suspiro... Concentre-se no seu trabalho Ângela.
–Existiam vampiros na África? Amor eu acho que seria meio difícil pregar os pés deles, essa tese está fora de questão. - ele me diz com um ar zombeteiro.
 Quil vem até a mim sentando em minha frente, acariciando meu rosto.
–Tenho que ir para o treinamento, depois ronda. Você fica ou vai para a sua casa?
–Eu vou em casa pegar algumas coisas, meus pais viajaram para o Arkansas para um encontro religioso... Vou dar um pulo na biblioteca, talvez lá posso achar mais alguma coisa. À noite estarei aqui.
 Ele continua acariciando meu rosto, sua mão quente em contato com minha pele me dá sensações inexplicáveis, eu nunca conseguirei me acostumar com o efeito que Quil tem sobre mim.
–Não estou muito bem esses dias Angs... Sei que estou em falta com você. – ele sempre me surpreende, não consigo achar uma maneira de não sentir surpresa diante dele, a forma como me conhece bem, capaz de adivinhar o que estou pensando.
–Eu sei amor... Eu sei... Não se preocupe, eu entendo, não se sinta cobrado, eu também tenho uma parcela de culpa, estou envolvida nas minhas pesquisas sobre os Frios... Ai Quil, estou tão sem ânimo, não consigo achar nada, só as mesmas coisas... Arg... - falo levantando os papéis em desespero, ele ri e se diverte.
–Ei... Calma, tá? Não leve isso a sério, nós é que somos o ponto fraco deles.
Ele me dá um beijo na testa e depois cola a testa dele com a minha, eu suspiro, não quero falar sobre o meu real plano, Quil não entenderia, e acabaria me mandando para o Arizona segundos depois de eu falar, então me limito ao meu silêncio e a um abraço.
–Que tal uma noite romântica para nós dois, hein? Meu avô vai até a casa de uns amigos em Makah, nós teremos a casa toda nossa, um vinho, música romântica, com direito a uma massagem bem gostosa, hum?
Me afasto dele o olhando e sorrindo.
–Eu vou adorar.
Ele me dá um grande sorriso e cola seus lábios nos meus.
–Essa é a minha garota... Prometo que hoje serei somente seu... Sem Frios, sem guerra ou outra coisa... Até mais.
Ele beija meus lábios docemente, e depois se vai me deixando em seu quarto sozinha, olho mais uma vez para a tela do not e jogo os papéis para cima bufando e me jogando na cama fitando o teto.
–MERDA! – grito.
Fico um tempo assim pensando no que estava errado, no porque eu não conseguia achar nada a respeito da espécie de vampiro que são os Cullens, e então veio à voz do senhor Ateara na minha cabeça...
“Muitas lendas surgem de verdades.”
Fechei os olhos me lembrando desse momento, estávamos à mesa eu e Quil, isso foi bem antes dessa loucura toda, eu ainda era um recém imprinting do Quil, e acabava de saber sobre ele ser um lobo.
Passado o susto, meu lado curioso veio à tona, eu queria saber mais sobre esse universo louco dos lobos e vampiros. Então o senhor Ateara me explicava.
–O tempo se encarrega em esconder certos fatos, as pessoas começam a distorcer a verdade até que vire uma lenda ou uma história, você conhece os lobisomens que comem gente, que se transformam na lua cheia... São demônios, os lobos que conhecemos existem para proteger vocês humanos das criaturas que sugam sangue... Os vampiros.
Me levantei rapidamente, era isso... Burra, burra, burra, eu batia na minha cabeça.
Eu estava pesquisando os vampiros de uma maneira errada, deveria começar por onde tudo começou, como eles surgiram, quem os criou.
Tomei um banho me arrumando depressa e dirigi indo até a biblioteca de Forks, lá deveria ter alguma coisa, a biblioteca de Forks é bem antiga, nela se guarda muitos livros da época que Seattle era apenas uma província.
O que eu procuraria? Me dirigi à velha senhora que cuidava de tudo. A senhora Robson era uma senhora por volta de seus 50 anos, cabelos curtos, eu a conheço, desde que me entendo por gente, como a bibliotecária, não é magra seu porte físico é mediano, e é um pouco mais alta do que eu, simpática e sorridente, amável com todos, sua vida se resumia a este trabalho e uma casa solitária, já que o marido havia morrido muito jovem, não tiveram filhos.
–Olá Ângela.
–Olá senhora Robson, vim ler alguns livros.
Ela sorriu docemente.
–Quero tudo sobre vampiros, origens, primeiros livros, tudo.
Ela assentiu e eu fui com ela pelos vastos corredores, o chão de madeira rangia ecoando no silêncio, as estantes com livros eram altas, iam até o teto, tudo muito bem organizado.
–Deixe-me ver... Temos Drácula, Nosferatu...
O de sempre, eu sabia muito bem onde isso iria dar, aos mesmos pontos que pesquisei, eu precisava me aprofundar mais. Eu queria mais.
–Senhora Robson na verdade não seriam romances, quero algo além disso, algo mais real que fale sobre vampiros, origens, lendas, como tudo começou.
Ela me olhou, a primeira vista curiosa, mas sua expressão mudou e ela exclamou com um olhar brilhoso...
–Oh sim, vampirismo! Você procura por vampirismo. Eu tenho alguns livros aqui sobre isso, um momento.
Ela pegou uma velha escada de uns 30 degraus, subiu até a mais alta prateleira pegando um grande livro cheio de poeira, ao qual ela assoprou depois retirando um pano do bolso e começou a limpá-lo.
–As pessoas não procuram muito sobre essas coisas, geralmente pesquisam na internet, mas muitas coisas você não encontra no Google... Certas verdades e mistérios ficam escondidos em uma biblioteca velha.
E depois ela me entrega outros, tudo com um boa sorte enquanto falava.
Eu mal podia enxergar com a pilha de livros diante de mim, mas consegui chegar sã e salva em uma mesa, se Bella estivesse aqui com certeza já teria derrubado tudo.
Olhei para a pilha de livros agora na mesa e diante de mim e suspirei, era muita coisa.
–Vamos lá!
Coloquei o mp4 para tocar, logo o Joy Division entrava pelos meus ouvidos e eu me inebriava em cada página.
*****
O mp4 recheado de músicas já havia repetido o repertório mais de 4 vezes, eu nem sequer sentia fome, eu devorava cada livro, cada página, cada letra, quando levantei meus olhos da página a biblioteca estava toda iluminada, olhei pela janela e o sol já havia se posto, nossa, estava bem tarde, acabei passando o dia inteiro aqui, voltei minha concentração ao livro, mas senti algo estranho, não sei se era minha imaginação, mas parecia que alguém me observava, levantei os olhos da página mais uma vez e olhei ao redor, nada, ninguém, virei a página.
Droga, nada até agora, levantei minha cabeça mexendo o pescoço que já protestava e voltei minha atenção ao livro, um barulho me fez voltar a olhar ao meu redor e um arrepio se fez presente, a biblioteca toda em silêncio, vazia, iluminada com antigas lâmpadas, dava um ar tenebroso e horripilante.
Abaixei minha cabeça mais uma vez, mas um ronronar me chamou a atenção, era um grande gato com olhos amarelos que me olhava fixamente, seu olhar preso ao meu parecendo querer me dizer algo, ficamos assim, eu presa em seu olhar, por mais que eu tentasse não conseguia desviar meu olhar do dele. Um vento, não sei de onde, entrou na sala e várias vozes estavam na minha cabeça sussurrando em uma outra língua que eu não conseguia entender, um barulho mais forte quebrou nosso contato me trazendo de volta a realidade e me faz gritar de pavor.
–BORIS... Que gato danado, onde esteve? Eu estava a horas te procurando... Oh Ângela sinto muito se Boris a assustou.
Respirei aliviada olhando para a cara traquina do gato que não parecia em nada com o que me olhava, e sim um gato normal como qualquer outro.
Ela o pegou em seu colo o acariciando, ele era lindo, bem grande e gordo.
–Tudo bem, já passou, a senhora já está fechando?
Ela sorri agradecida.
–Na verdade já fechei há tempos, estava organizando os livros.
–Ok vou arrumar minhas coisas.
A senhora Robson saiu com o gato em seus ombros que me olhava ainda, e eu me perguntava de onde diabos havia vindo esse gato se há alguns segundos eu não havia visto nada.
Comecei a juntar os livros e minhas coisas, mas algo me chamou a atenção, no mesmo lugar onde o gato estava havia um livro negro sem nada escrito em sua capa, estranho, eu não me lembro de ter pegado esse livro, na verdade todos que peguei estavam ao meu lado, da onde veio isso? Olhei para sua capa, ele tinha umas 200 páginas, não era muito grande e comecei a ler.
–"Asentian KA" - li seu título em voz alta, nunca tinha ouvido falar nisso, um barulho me fez voltar a olhar ao meu redor e a mesma sensação de estar sendo observada, vigiada, estava de volta, sacudi minha cabeça e preferi dar atenção ao livro, abri em algumas páginas a frente.
O Asetians são os Filhos de Aset. Imortal. Sábio. Transformacional. Eterna.
Suas almas foram criadas a partir da pureza de sua essência sozinho, por isso a sua natureza espiritual não é humano. Não importa qual a forma física nesta encarnação pode parecer, sua alma é parte de Aset própria.
Esses semideuses não eram humanos, mas não eram tão diferentes deles também, e ao contrário de sua mãe, que não iria deixar o reino físico no final da Tepy setembro... E assim eles ficariam aqui, como representantes da sua própria mãe, sempre evoluindo, mudando para sempre e adaptando às novas realidades, como sociedades de mudança em mudança. Eles logo reuniram seguidores e aliados, para que eles passassem conhecimento e transformou a sua Ba, como o beijo sagrado que Aset uma vez deu a eles, muito tempo antes, e desta forma dar a luz a uma nova raça espiritual todo nas sombras deste mundo. Eles seriam conhecidos como a Asetians.
Sua espiritualidade predatória, a imortalidade da alma, a energia mestria e habilidades metafísicas lhes valeu o nome de VAMPIRO, uma definição cunhada pela humanidade para definir esta imortal parentes que não podiam compreender. O Asetians deu origem a mitos incontáveis ​​de seres imortais ao longo dos milênios, de vampiros para demônios. A maioria das histórias foram recontadas por via oral, criadas e alteradas pelo homem, e muitos permanecem ainda em nossos dias, disfarçado sob a forma de lenda, folclore e mito.
Parei assustada... Deus do Céu... O que eu achei? Peguei o livro e fui ao encontro da senhora Robson com os demais livros.
–Vou levar esse livro.
Ela sorri agradecida, pegando o livro de minhas mãos verificando em seu computador e sua expressão se fecha.
–Estranho, esse livro não está catalogado.
Olhei para ela surpresa, como assim?
–Ele estava em minha mesa...
–Acho que esqueci de catalogá-lo, estranho, bom leve-o depois quando você trouxer eu o coloco no catálogo.
Agradeci e caminhamos juntas até o estacionamento onde a simpática senhora Robson e seu traquina Boris entraram em seu carro e se foram, caminhei até o meu enfiando a chave na porta e mais uma vez a sensação de estar sendo vigiada não me deixava, olhei a frente vendo alguns arbustos, e mais nada.
Sua imaginação Ângela... Mais uma vez eu disse a mim mesma. Entrei em meu carro indo direto para a reserva, Quil deve estar preocupado.
–Ah não, a nossa noite!
Me lembrei disso com pesar, tomara que ele ainda esteja na ronda. Fui até a casa da Bella para lhe mostrar o que eu havia descoberto, mas estava tudo escuro, ela já deveria estar descansando, amanhã eu falo com ela. Estacionei o carro perto da casa do Quil e fechando a porta me viro e me assusto com a presença do Collin atrás de mim.
–Ai que susto!
–Me desculpe, me desculpe, não foi minha intenção. - ele fala levantando as mãos preocupado.
Eu me recupero do susto me refazendo e o olho com um sorriso.
–Claro... Eu é que estou meio aérea.
Ele me olha intensamente e sorri.
–Cabeça nas nuvens, sei como é, deve estar preocupada com essa coisa toda de vampiros e batalhas. - ele diz simpático.
–Sim estou, acho que todos nós estamos.
–Quil é um bom Alfa, ele vai saber o que fazer, não deve se preocupar.
–Você fala isso por não ter ninguém para se preocupar, tipo um imprinting ainda.
–O Quil tem sorte em ter uma companheira como você, eu sei que está pesquisando sobre os Frios, acho demais isso, você assim querendo ajudar seu companheiro, digno de uma companheira de um Alfa.
–Não é só com o Quil que me preocupo Collin, vocês todos estão incluídos.
Ele dá um passo em minha direção, seu olhar preso ao meu.
–Até mesmo eu?
–Sim, porque não? Afinal você é da matilha. - respondo dando um passo para trás encostando no meu carro, Collin dá um passo a frente ficando mais perto.
–Me sinto honrado em ter seu cuidado. - ele sussurra.
Nós ficamos em silêncio nos olhando, e a sirene começou a tocar na minha cabeça, um sinal de alerta, eu já vi isso antes, não sou idiota, já havia percebido a maneira como ele me devora com os olhos, não dou trela, mas ele sempre está querendo me ajudar, sempre está puxando algum assunto comigo, mas me limito a lhe dar o mínimo de atenção, eu amo o Quil e nada vai mudar isso, tratei logo de acabar com aquele assunto me afastando dele.
–Obrigada pelo susto, e pela conversa, mas preciso ir, o Quil...
Interrompo a frase ao ver a expressão do Collin mudar e desviar seu olhar de mim e eu ouvi passos acompanhados de um rosnado. Olho para trás vendo o Quil vindo com uma expressão que nunca havia visto antes, seus olhos eram negros, seu peito subia e descia dado a sua respiração forte e ele rosnava muito.
Quil vem caminhando olhando o tempo todo para o Collin, toma a minha frente e diz com uma voz grossa e autoritária.

–ENTRE!
–Quil calma, não estava acontecendo nada, porque você está assim? Se é porque eu demorei... - disfarço sabendo bem do porque ele estar assim rosnando.

Quil continua olhando fixo para o Collin.

–APENAS ENTRE ÂNGELA!

–Não fale assim com ela. - Collin diz, sua expressão fechada, fazendo o Quil imediatamente ir para cima dele e eu gritar e segurar sua mão.

–Quil para! Não faz isso.

Quil para olhando para ele com raiva, eu o sentia tremendo e muito.

–Não farei nada diante da MINHA companheira, faça isso novamente e eu juro que seus pedaços vão ficar espalhados por toda essa reserva.

Collin engoliu em seco e Quil se voltou para mim colocando a mão em meu ombro e me guiando para dentro. Eu realmente não gostei da forma como o Quil se dirigiu a mim, vi o Jacob nele com aquele lobo insuportável dele, nós entramos em silêncio e eu fui para o quarto, o senhor Ateara não estava em casa, entrei depositando minhas coisas em um canto, respirei fundo me preparando para o que viria, enquanto Quil entrou urrando de raiva, caminhando de um lado para o outro.

–Quil calma. - pedi a ele.

–Aquele cara, aquele desgraçado... Ele que não se atreva...

Fui até ele tentando acalmá-lo.

–Amor já passou, está tudo bem... Collin não fez nada.

Mas para o meu espanto Quil me abraça e cola seus lábios nos meus, urgente, suas mãos deslizam rústicas pelo meu corpo, ele deixa minha boca e começa a me morder e me apertar firme, me leva até a cômoda passando a mão de uma vez jogando tudo que estava em cima dela no chão, me pega e me coloca em cima dela se encaixando de uma vez entre minhas pernas. Tão duro e forte.

Ele parecia um louco descontrolado, nunca foi assim antes, nunca dessa maneira.

–Quil espera!

Eu peço a ele, mas ele não me ouve e como uma fera coloca as mãos na minha blusa a rasgando junto com meu sutiã.

–Minha. Só minha. Minha fêmea.

Ele abocanha meu seio de uma forma forte, suas mãos vão para as minhas costas e ele me arranha.

Não tenho forças para lutar contra isso, contra essa dominação dele, me excita, me enlouquece ao ponto de eu ir até seu pescoço e lhe dar um chupão, o enlouquecendo mais.

–Isso! Me marca... - ele diz se prensando mais a mim, me fazendo sentir o quanto ele está excitado.

–Quero você Quil... Quero seu lobo...

Quil coloca as mãos no botão da minha calça tentando tirá-la, mas ele está afoito e não consegue, com isso ele o abre de uma vez e eu só escuto o barulho do pequeno botão de metal se batendo em alguma parte do quarto.

Ele começa a puxar tudo fora, minha calça, minha calcinha, tudo... Volta novamente, mas me tocando com seus dedos me enlouquecendo. Jogo a cabeça para trás gemendo seu nome enquanto seus dedos me estimulam.

Mas eu também quero participar, colo meus lábios nos dele, enquanto minhas mãos vão para sua bermuda abrindo seu botão e zíper, e eu o toco, o fazendo gemer.

–Assim... Amor continua. - ele diz rouco, nossas bocas não conseguem se afastar de nossos corpos ou uma da outra, nós ofegamos e nos mexemos, ele ao encontro da minha mão e eu aos dedos dele.

–Eu não consigo... Ângela, droga eu preciso te sentir agora.

Ele entra em mim sem pedir licença, ele não precisa ser convidado, o lugar é dele.

Quil se movimenta forte, urgente, rosnando, suas mãos segurando minha cintura enquanto eu falo palavras desconexas, não estando mais no meu estado normal. Eu o arranho, o mordo e isso o excita mais, nosso amor é forte, nossa transa é selvagem, enlouqueço com a pegada forte do lobo, ele coloca a mão entre nós e começa a me tocar enquanto ainda me penetra..

Ele não pode mais aguentar, tem urgência, assim como também tenho, meu corpo não aguenta mais, estamos suados, loucos de desejo, e eu já estou quase...

–Vai amor, goza.

Ele acelera seu toque, me dá o meu orgasmo, que vem louco enquanto me agarro mais a ele o pressionando entre minhas pernas.

–Hum Quil... Amo você... - digo repetidamente a ele durante minha liberação enfiando as mãos em seu cabelo o apertando.

É o bastante para ele vir urrando em meu ouvido me abraçando mais a ele.

–Minha! - eu escuto a voz que sei que é do lobo dele ao fundo, enquanto Quil tem seu orgasmo.

Nossos corações parecem que vão explodir dado a intensidade como batem, vibram, e tudo em um mesmo ritmo. Ficamos assim por um bom tempo, podia sentir Quil tremer ainda, ter leves espasmos.

Sua respiração e a minha se normalizam, eu acaricio seus cabelos, minha cabeça apoiada em seu ombro enquanto ele beija levemente o meu, abraçado a mim, suas mãos acariciam minhas costas, ele levanta seu rosto do meu ombro, está vermelho e sua expressão é meio grogue.

–Deixei o vinho gelando e o som já está preparado... Ainda podemos ter nossa noite romântica.

Acaricio seu rosto sorrindo junto com ele.

–Com direito a massagem senhor Ateara?

–Com tudo que você quiser meu amor.

Eu sorrio, Quil sempre vai me surpreender. Por hora vou dar atenção ao meu lobo, mas amanhã minha atenção volta a minhas pesquisas, sinto que esse livro nos dará as respostas que precisamos. Amanhã eu mostrarei ele a Bella.

*****

POV Bella

Ângela bateu em minha casa olhando para ver se via o Jacob, parecia ansiosa, eu já conhecia bem minha amiga o suficiente para saber que ela tinha descoberto alguma coisa.

Logo quando entramos no carro ela começou a contar sobre a sua ida a biblioteca ontem e de tudo o que aconteceu, eu a olhava sem conseguir dar uma palavra, Ângela falava sem parar como uma menina empolgada que é sua característica.

Ao chegarmos na casa dela, que estava vazia, nos sentamos lado a lado, colocamos nossos notebooks na mesinha e começamos.

Ângela e eu começávamos a folhear o livro e buscávamos mais e mais, era espantoso cada página lida por nós...


"Para o seu segredo e Aset chamado grupo silencioso Aset Ka, como um símbolo direto de suas verdadeiras origens. - Essência de Isis, o Ka de Aset. E então ela disse e marcado de sangue, que aqueles leais a ela, seria para sempre fiel para eles, porque eles eram um só. Em seu beijo escuro era gravado seu sigilo santo no fundo de suas almas, que seria para sempre sua marca Asetian, e que iria fazer o mesmo com os seus seguidores."

–Isso é Egípcio, pelo que posso entender eles vem de milênios na época dos faraós.

–Mas não encontro registro algum sobre isso. - Ângela me fala, mas é claro que nenhum livro de história vai haver registro sobre isso, não falamos de uma simples civilização e sim de um culto, ou melhor ,de uma criação, a criação dos vampiros.

–Estamos vendo tudo errado, esse tipo de coisa não vai ser achada no Google, estamos falando de algo além do que os humanos conhecem, algo para que muitos fecham os olhos. - falo para Ângela. Ela fica pensativa, aliás nós duas ficamos.

–Acho que tenho um livro que fala sobre religiões pagãs no meu quarto. – ela diz e eu já me levanto.

–Deixa que eu pego, assim vou lavar um pouco o rosto, não ando dormindo direito.

Ela me olha com pesar.

–É o Jacob? - me pergunta.

–Antes fosse... São pesadelos com...

Paro a frase na metade, quase falo a ela sobre os sonhos que tenho com os Volturi.

–O livro... Como é mesmo? - mudo de assunto rapidamente.

–Segunda prateleira, capa verde.

Saio sorrindo, subi até o quarto indo primeiro ao banheiro, me olho no espelho e vejo algumas olheiras, respiro fundo, esses pesadelos nunca terão fim, acho que eu deveria desabafar com a Ângela, falar a ela sobre os Volturi, sobre a promessa, talvez isso me aliviasse um pouco.

Enxuguei meu rosto e fui até o quarto pegando o livro, abri passando uma olhada rápida nas páginas, ainda olhando para as páginas comecei a caminhar, mas paro percebendo uma presença na minha frente e quando ergo meus olhos...

–Sentiu falta do seu maridinho? – Edward está parado em minha frente.

Minha primeira reação foi pensar em ser algo da minha imaginação, como quando ele me abandonou e eu o via, pisquei meus olhos algumas vezes, mas era real, ele estava aqui bem diante dos meus olhos.

–Desgraçado! Maldito! Eu vou te matar!

Joguei o livro contra ele que desviou dele sem trabalho e veio em minha direção tão rápido que quando meus olhos perceberam ele já estava há milímetros de mim.

–Pelo visto sentiu!

Eu começo a bater nele o xingando.

–Seu desgraçado! Você matou meu filho, eu vou te matar!

Mas ele ri sádico e facilmente me segura me levando até a parede, eu bato violentamente contra ela.

–Sabe... Eu gosto muito desse seu comportamento, essa sua fúria.

Ele cheira o meu pescoço lambendo com a ponta da língua enquanto eu tento desviar meu rosto.

–Fico muito excitado com isso. - ele ri.

Nojo! Como eu odeio esse desgraçado, não tenho palavras para descrever o que sinto.

–Aqueles cães mataram minha querida Esme, minha mãe, agora a coisa é pessoal e todos nós vamos acabar com eles, Carlisle não vai sossegar até ver o último vira-lata morto.

–Meu Jacob vai matar todos vocês!

Ele ri como se fosse uma grande piada.

–MEU JACOB! COMO VOCÊ MUDOU... Pelo que me lembro não era isso que você dizia, você temia, sempre dizia que entre eles e o exército de Victoria você esperava pela morte deles... Sempre fomos melhores... Não era isso?!

Ele segura meu cabelo fortemente, eu tento me soltar, o chuto e consigo até morder seu braço e ele nada faz, não se abala um milímetro.

–Hum... O que será que fez você mudar de opinião, seria a convivência no canil?

–Desgraçado eu te odeio!

Foi rápido, Edward me vira batendo meu rosto na parede, o sabor de sangue brota em minha boca e sinto como se meu nariz estivesse sangrando também, Edward fica atrás de mim, seu corpo colado ao meu, ele mantém minhas mãos atrás nas minhas costas me imobilizando e ele está quase quebrando.

Ele cola sua boca nojenta ao meu ouvido.

–Ou você gosta de como é fodida pelo Jacob, como uma cadela?

–NOJENTO, VOCÊ NÃO TERÁ NADA DE MIM.

Prefiro a morte do que me entregar a esse desgraçado, esse louco sádico ri do meu desespero, da minha ira.

–Oh, está se fazendo de difícil agora... Não era você mesma que queria transar comigo? Que era louca para saber o que é ser fodida por um vampiro... Não se preocupe meu bem, já somos casados mesmo, posso realizar sua fantasia.

Ele me leva para a cama me jogando enquanto eu grito, Edward se deita por cima de mim, segurando meus pulsos sobre minha cabeça com uma mão enquanto a outra ele rasga a minha blusa e eu me debato.

–Seu porco, nojento! Eu tenho nojo de você.

Cuspo em seu rosto, ele ri lambendo minha barriga, tocando meus seios, os beijando, Deus que nojo! Ele me esbofeteia.

–Cadela! Vadia como você são tratadas dessa forma, eu sempre te disse que fiz coisas horríveis no passado, mas você mesma disse não ligar... Então... - ele começa a tentar abrir minha calça, eu estou gritando e esperneando.

–BELLA... BELLA, O QUE ESTÁ ACONTECENDO? - Ângela começa a gritar.

–Ângela... Socorro!

Edward não para, e eu não sei como, mas Ângela conseguiu de alguma forma desesperada abrir a porta e vê a cena assustada, mas por pouco tempo, ela logo pega um jarro que está sobre a cômoda e vem para cima do Edward.

–Sai de cima da minha amiga seu monstro!

Ela o acerta, mas ele nem liga e se vira, seus olhos vermelhos, e a esbofeteia a fazendo cair. Aproveitando a distração dele me soltei e consegui sair da cama, olho rapidamente para um canto e vejo um taco de baseball o pegando, Edward me olha surpreso e divertido.

–Eu vou arrebentar a sua cara seu babaca!

E quando corro para cima dele Ângela ao mesmo tempo se levanta e nós duas o atacamos juntas, Ângela pula em suas costas e eu o bato com toda minha força com o taco, Edward vai se desvencilhando de nosso ataque, somos humanas e não somos páreas para um vampiro, Edward facilmente nos segura uma em cada uma de suas mãos.

–Eu gostei disso, gostei das duas cadelinhas brincando juntas, e isso me deu uma grande ideia, vamos brincar todos nós juntos, vai ser divertido, não acham? Vou trepar com as duas cadelas até enjoar e depois Bella... - ele fala segurando forte meu braço. -Vou te morder, vou te dar aquilo que você sempre quis, vou te transformar, você irá cumprir o seu destino, e só terá uma alternativa, se unir a mim, esse novo lobo do Jacob já te odeia por você ter ajudado a matar o filho dele, imagina quando você se tornar uma de nós.

–Monstro foi você que matou o Dean... Não o escute Bella! - Ângela grita.

–E você Ângela... Carlisle tem planos melhores para as vadias dos lobos, você vai ficar uma gracinha de coleira.

Ele nos segura fortemente, mas algo o faz parar.

–Merda! Continuamos nossa festinha depois meninas.

Ele nos joga violentamente contra o guarda-roupa e foge.

Meu corpo está dolorido, meus pulsos doem, Ângela está ainda caída, mas vejo que ela está consciente, é quando sinto um cheiro horrível e para o meu espanto esse cheiro horrível vem da Ângela e de mim.


****


POV Jacob

Corri o mais rápido que podia, eu iria estourar minhas patas de tão rápido que corria... Meu sangue fervia, meu coração parecia a ponto de explodir, eu mal enxergava o que estava a minha volta, meu corpo tremia de tanta raiva e rosnados se formavam no fundo da minha garganta.

Estávamos na casa do Sam terminando nossa refeição para ir para o treinamento, ríamos de uma piada do Paul, quando o celular do Quil tocou.

–Oi Ang. - ele diz, seu tom de voz numa risada, mas logo muda e eu com a minha audição podia ouvir.

–Quil vem depressa! Tem alguém atacando a Bella... Deus! Acho que é um sanguessuga... Eles estão aqui! - Ângela diz desesperada e naquele momento instantaneamente meu corpo começou a tremer sem controle, as palavras de Ângela ecoavam em minha mente.

–Ângela, já estamos indo. – Quil respondeu rapidamente.

Ele não precisou falar nada, todos nós ouvimos a Ângela gritando desesperada.

Meu pensamento é na Bella, se alguma coisa acontecer com ela eu não sei o que fazer, por favor, que não aconteça nada com a minha Bella.

Nós saímos rapidamente e eu fui o primeiro a explodir deixando meu lobo sair com um rosnado furioso... Me vejo em uma tormenta de sentimentos, morro de preocupação com a Bella, um estranho e avassalador medo me domina ao imaginar que posso perdê-la e ao mesmo tempo um ódio sem tamanho toma conta de mim ao pensar no sanguessuga que está atacando-a... Vou matá-lo, seja quem for, mas no fundo já tenho quase certeza de que é o desgraçado, afinal quem mais seria?

Quando chegamos voltei a minha forma humana rapidamente me vestindo. Entramos com tudo, estava tudo normal na sala, o Quil corre desesperado para o quarto da Ângela gritando o nome dela, e eu atrás chamando pela Bella... A cada passo que dou meu coração acelera mais e mais.

Quando chegamos ao quarto estava tudo destruído, olhei desesperado vendo a Bella no chão, e a Ângela caída do lado dela.

Corri até a Bella cada vez mais desesperado.

–Bella! Bella você está bem? Fala comigo. – minha voz quase não sai tamanha minha preocupação e meu medo do que pode ter acontecido, e para piorar ainda consigo sentir o cheiro nauseante do sanguessuga, o que me faz tremer involuntariamente.

Bella começou a chorar, eu a ajudei a se levantar e quando vi o estado que ela estava, sua blusa rasgada, seu nariz e lábio sangrando, não sei como consegui me controlar... Precisei de toda força para não explodir em lobo novamente tamanha foi minha fúria ao vê-la assim.

–Era o Edward... Jake ele voltou, está aqui novamente, Deus... Ele me tocou, ELE ME TOCOU! - ela diz, eu a abracei fortemente, respirando fundo para tentar me acalmar, sabendo que agora ela precisava de mim aqui ao seu lado.

Olhei para Ângela que estava já nos braços do Quil.

–Ângela... - Bella sussurrou e eu a tranqüilizei.

–Shii, ela está bem, não se preocupe.

–Jacob você e Quil peguem as meninas e a levem de volta para a reserva, nós vamos fazer uma busca atrás do sanguessuga. - Sam nos falou e por mais que eu quisesse ir também atrás do sanguessuga e matá-lo, peguei a Bella em meus braços a tirando de lá, Quil pegou o carro da Ângela e voltamos para a reserva, ele nos deixou em casa, entrei com a Bella em meus braços indo direto para o nosso quarto, onde a coloquei na cama.

Durante todo o caminho até em casa Bella veio em silêncio encolhida em meu colo e eu só acariciei seus cabelos sussurrando que estava tudo bem, tê-la ali sã e salva em meus braços foi me acalmando ao menos um pouco.

–Vou pegar uma roupa para você e... - olhei para Bella e ela começava a se despir urgentemente e corria abrindo o chuveiro, eu corri atrás dela que estava desesperada pegando a esponja e esfregando duramente sua pele.

–Está em mim... Eu sinto Jake, é o cheiro dele, o cheiro dele está em mim... Tira isso de mim... JAKE TIRA! – ela gritou desesperada e fui até ela me sentindo mal por vê-la nesse estado.

–Bella para! Para! Está se machucando.

Ela se jogou nos meus braços e eu a abracei com força. Bella tremia, estava em choque e chorava copiosamente.

–Ele me tocou, eu sinto sua mão gelada, seu cheiro impregnado em mim, Deus! Jacob eu não quero mais que ele chegue perto de mim, por favor amor! Não deixa ele me tocar de novo. – ouvi-la falar assim com os olhos cheios de lágrimas fez meu coração se apertar... Ali em meus braços estava de novo apenas minha Bells e eu só conseguia pensar em protegê-la.

–Eu juro pela minha vida Isabella que ele vai pagar... Eu juro, ele não vai mais tocar em você, eu prometo! – por um momento foi como se eu estivesse dividido novamente entre meus dois lobos, um que só queria ficar ali cuidando da Bella e o outro que fervia de vontade de ir agora mesmo caçar o sanguessuga, mas os dois queriam mais que tudo protegê-la.

Enquanto eu falava segurava seu rosto fazendo-a me olhar, e nesse momento eu não tinha mais nenhum pensamento, só queria protegê-la, só quero acalmá-la, beijei carinhosamente sua testa.

–Vem, vou cuidar de você.

Peguei a esponja e comecei a limpar seu corpo delicadamente, havia vários hematoma, arranhões na lateral, seu lábio estava cortado e em seu nariz havia sangue seco, eu esfregava a esponja delicadamente enquanto via sua expressão de dor dado ao toque da esponja em um ponto machucado. E cada ponto machucado nela fazia meu coração sangrar e meu ódio crescer mais, seus pulsos tinham marcas e um aperto forte e eu realmente não sei como ele não quebrou seus braços ou punhos.

Limpei todo vestígio dele nela, não quero nada daquele desgraçado nela, nenhuma lembrança dele, a enxuguei enrolando ela na toalha e a peguei em meu colo, a levando para a cama.

Separei uma camisola simples e confortável, ela já estava melhor, mais tranquila, pois começou a questionar.

–Estou bem Jacob, posso me arrumar sozinha.

–Não senhora, eu vou cuidar de você.

A vesti, juntei os travesseiros os deixando bem confortável e a coloquei em nossa cama.

–Não demoro. - disse beijando sua testa, preparei um suco levando para ela que me agradeceu, nesse meio tempo fui até o banheiro tomando um banho e vestindo uma bermuda. Bella se deitou e eu sem que ela pedisse fiz o que meu coração mandou, afastei o lençol e me deitei ao seu lado a puxando para os meus braços, ela se agarrou em mim.

–Que bom ficar assim com você.

–Mas não se acostuma. – eu disse brincalhão com ela que me retrucou percebendo o meu tom de brincadeira.

–Estava bom demais...

Sorri lhe abraçando.

–Fica quietinha, descansa, estou aqui e vou te proteger.

Beijei o topo da sua cabeça e acariciei suas costas, se eu a perdesse... Não queria nem pensar nisso!

Era como voltar ao dia do seu casamento em que achei que havia perdido Bella de vez para aquele desgraçado, ele nunca mais vai tocar nela, nunca mais.

Fiquei ali abraçado a ela e jurando que cada dia da minha vida, da minha existência vai ser dedicado a caçar esse desgraçado, e quando eu o encontrar... Sua morte será bem lenta.

*******


Em algum lugar de Port Angeles


A mansão era maravilhosa, cheia de quadros caros, vários quartos, móveis coloniais, um luxo, o jardim era extenso, mas tão grandioso quanto à mansão era a segurança que possuía cercas elétricas, câmeras, alarmes com sensores tão sensíveis que até mesmo uma mosca seria suficiente para disparar.

Os novos moradores apreciaram muito o novo lar.

–Esplêndida... Minha Esme diria que falta apenas uns simples detalhes femininos. - Carlisle fala enquanto olha a enorme sala, ao falar de Esme sente uma enorme emoção que logo dá lugar ao puro ódio... Eles iriam pagar.

Tudo já estava sendo preparado para a grande vingança... Os planos já começavam a ser postos em ação... Eleazar tinha ido atrás de vampiros para integrarem seu exército... Exército que os ajudariam a acabar com cada um daqueles malditos lobos... Um lento sorriso se formou nos lábios de Carlisle ao pensar nisso.

Olhou para os filhos reunidos na sala, quase todos estavam lá.

–Onde está o Edward?

Alice desceu as escadas com Jasper ao seu lado, lhe depositando um singelo beijo.

–Parece que foi rever velhas amigas. – ela disse com um sorriso, a vampira havia visto que Bella e Ângela estariam sozinhas na casa de Ângela e Edward resolveu ir até lá para dizer as boas novas, que eles se preparassem, pois os dias dos lobos na terra estavam contados.

O celular de Carlisle tocou e ele atende sem olhar no visor já sabendo quem seria.

–Bem-vindo Carlisle meu amigo.

Carlisle sorri.

–Obrigado pelas boas vindas amigo. – ele diz olhando para os filhos, tantos telefonemas misteriosos, nenhum deles sabia o nome da pessoa que Carlisle chamava de amigo.

–Logo estarei aí para falarmos pessoalmente sobre nossos planos.

–Sim, meu amigo, estarei ansiosamente esperando sua visita.

–Espero que tenha gostado da mansão. - a voz do outro lado da linha lhe diz.

–É esplêndida, minha Esme teria adorado.

Ele vê Edward chegando se jogando no sofá ao lado dos irmãos.

–Que bom, mas não se preocupe, isso será passageiro, em breve você irá voltar para suas terras de direito, tenho que ir agora, manteremos contato sempre...– a pessoa do outro lado da linha diz se despedindo.

–Claro... Estou ansioso pelas novidades.

Carlisle desliga olhando para Edward que tem um sorriso nos lábios.

–Já deu as boas novas? - Carlisle pergunta, Edward o olha com um sorrisinho.

–Já, posso dizer que foi bem interessante, hum, sabe você vai adorar a cadelinha amiga da Bella, bem suculenta.

Eles riem.

–Excelente meu filho, agora vá, toque alguma coisa em seu piano... Ah, aquela que Esme sempre lhe pedia.

Edward começa a tocar uma melodia enquanto Carlisle escuta a deliciosa canção, pensando que será muito bom escutar essa música ouvindo e vendo seus filhos transformando cada companheira dos lobos em suas concubinas.

–Sabe, essa casa ficará bem melhor quando a decorarmos com novos tapetes de pele de lobo, em especial um castanho avermelhado aqui na sala. - Edward sorri. -Eu vou adorar limpar meus pés nele diante de Bella.

Ele riem, todos eles, fazendo a sala se encher de risos de puro sadismo.


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