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Capítulo 17-Meu Demônio Interior [O ultimo amanhecer]

       


        Meu Demônio Interior


POV Sam

Dizem que na mitologia grega existe um cão, seu nome é Cerberus "demónio do poço" era um monstruoso cão de múltiplas cabeças e cobras ao redor do pescoço que guardava a entrada do Hades, o reino subterrâneo dos mortos, deixando as almas entrarem, mas jamais saírem e despedaçando os mortais que por lá se aventurassem.

Cada povo tem sua mitologia, com seus anjos e demônios, é assim com os Nórdicos, Russos, Africanos, Egípcios, etc...

Assim como esses povos, nós índios temos os nossos Deuses e Demônios, na minha concepção cada um de nós traz dentro de si um lado bom e um demônio interior, como a história dos 2 lobos, existe dentro de cada um de nós 2 lobos que ficam em constante conflito, um bom e outro ruim, ganha aquele que você alimentar.

Eu mais do que qualquer um gostaria que o Jacob voltasse a ter seu lobo ao lado o ajudando, mas devido ao seu comportamento durante a reunião e o que vejo ao seu lado temo pelo pior.

Jacob apesar de estar bem com os irmãos e ter aceitado tranquilo que Quil assuma o posto de Alfa, está diferente, há uma sombra negra ao seu lado, algo de ruim está nascendo. Olho para trás e o vejo desviando dos galhos e mentalmente rezo para que ele se mantenha o mesmo, que apesar de sua dor e que eu entendo e apoio querer matar os Cullens, que mesmo assim ele continue a ser o meu menino.

–Anda Jacob, nós não temos a noite inteira.

Caminhávamos em direção a uma parte afastada do rio Quileute, onde será o lugar para trazer o lobo do Jacob novamente. Ele reclama de um tropeço que deu em um tronco e se encosta em um carvalho, puxando o ar.

–Droga! Estou cansado Sam, não sou um lobo, esqueceu?!

Ele se mantinha bem atrás da gente, apesar de estarmos na forma humana, éramos mais rápidos e ágeis do que ele, parei o encarando enquanto Embry ia ajudá-lo.

–Você fez sua escolha de ficar sem seu lobo Jacob, agora terá que aceitar as consequências. - Quil lhe disse firme, e eu dei um pequeno sorriso, vendo como ele já se portava como um Alfa.

Jacob bufou, mas não recriminou o irmão, isso era um bom sinal de que ele aceitaria bem o Quil como segundo Alfa, já que o 1º seria ele.

–Sam, porque temos que chegar ao rio antes da meia noite? - Embry perguntou.

–Porque, meus irmãos, meia noite é chamada de a hora dos espíritos, todos os espíritos sem exceção são libertos exatamente nessa hora, eles tem pouco tempo para estar na terra, o espírito do lobo está por aí, Jacob ao renunciá-lo o deixou vagando, devemos invocá-lo e trazê-lo de volta para o Jacob. Agora se mexam.

Continuamos caminhando por entre a floresta, apenas o luar nos guiava, Jacob era ajudado pelos irmãos.

–Sam, o rio é para o outro lado, estamos indo para o lugar errado. -Jared disse, eu me limitei a olhá-lo e ele levantou as mãos, rendido.

–Tá, desculpe, sem perguntas.

Tem certas coisas que apenas com um olhar você já diz tudo. Nos aprofundamos mais na floresta e já era possível ouvir o correr do rio, estávamos próximos. Mas o tempo também passava rápido e logo a hora dos espíritos chegaria.

–Estamos perto, vamos.

Apressei o passo e eles me acompanharam e logo chegamos, o lugar era uma pequena clareira, em nossa frente o rio Quileute como ninguém antes tinha visto, há grandes árvores, algumas tortas criando silhuetas parecendo com rostos, é possível ouvir o assovio do vento, mesmo que não esteja ventando, se ouve corvos e corujas, o ambiente é tenebroso.

–É de tremer os ossos esse lugar. - Quil disse olhando em volta.

–Nesse lugar houve grandes batalhas, muitos de nossos guerreiros morreram nesse lugar, alguns lobos foram enterrados aqui, é o território dos espíritos, esse lugar é sagrado, irmãos, tudo que vamos fazer aqui se deve ter muito respeito, lembrem-se e se mantenham firmes. Rápido, recolham madeira, temos que fazer uma fogueira.

Prontamente eles me atenderam, olhei para o relógio preocupado, mas felizmente ainda tínhamos algum tempo, me lembrei da Emily e que hoje seria a reunião em Makah... Bella mal sabe o que a espera.

*************

Makah

POV Emily


"Ó, deixe o Sol bater no meu rosto,

Estrelas preencherem meus sonhos

Sou um viajante de ambos tempo e espaço,

Para estar onde eu estive"

Nós caminhávamos em silêncio, Bella perdida em pensamentos, mas eu conseguia ver sua ansiedade, esses dias dela aqui foram mágicos, Bella foi adotada por toda a tribo, era de conhecimento de todos o que aconteceu, mas somente alguns sabiam realmente a verdade, de que seu filho foi morto pelos frios.

As pessoas sempre estavam ao lado dela passando confiança, força, a noite ela e eu sentávamos na varanda da casa de minha bisavó que nos contava várias histórias.

Bella aprendeu a se concentrar, aprendeu a escutar tudo em silêncio e refletir sobre os ensinamentos que nós a passávamos, ela aprendeu a deixar seu espírito livre, aprendeu nossos ensinamentos indígenas e ao final ela voltou a sorrir novamente.

"Para sentar com anciões da raça gentil,

Que este mundo raramente viu

Eles falam sobre os dias pelos quais eles sentam e esperam

Quando tudo será revelado


Conversa e canção de línguas de alegre encanto,

Cujos sons acariciam meu ouvido

Mas nem uma palavra que ouvi eu poderia contar,

A história era absolutamente clara"

Chegamos ao local da festa, era nas terras da minha bisavó, que estava sentada ao centro olhando a todas as mulheres da tribo que riam e conversavam.

Bisa nos olhou serena e eu fui cumprimentá-la com todo o meu respeito, segurei suas mãos beijando-as, e depois ela as colocou em mim me abençoando, depois foi a vez de Bella, ela segurou nas mãos de Bella.

–Está preparada minha filha?

Bella suspirou pesadamente, assentindo com a cabeça.

–Sim bisa...

Minha bisavó lhe sorriu.

–Então divirta-se até que a hora chegue.

Bella assentiu e então fomos aproveitar a festa. Todas as mulheres estavam presentes, em nossa festa homem não entra, me lembrei do Sam, ele nos chamava de “clube da Luluzinha”.

–Como deve estar a reunião dos meninos? - Bella pergunta, parecendo ler o meu pensamento.

–Também estou pensando nisso, só espero que corra tudo bem.

–Vai dar tudo certo Emily, só espero que o Jacob faça as pazes com o lobo dele.

Bella tinha o olhar preocupado, quando ela falou com o Jacob me disse que ele ainda não aceitava o lobo, Jacob, assim como a Bella, deve se perdoar e entender que eles não são culpados pelo que aconteceu.

A mesa estava repleta de comida e a festa muito animada, Bella era constantemente servida e posso afirmar que nesses dias ela se recuperou bem, estava mais corada, havia ganhado peso e se alimentava bem, todas nós estávamos ao seu lado a ajudando.

–Ah, chega, eu não aguento mais Emily, se eu ficar mais uma semana aqui vou parecer uma baleia.

Ri do seu comentário, pois ela se encostava em uma cadeira parecendo uma menina.

A música cessou anunciando que começaria a história da bisa, todas ficamos em volta dela que estava de pé perto da fogueira.

–Há muitos anos comemoramos essa data, por gerações nós mulheres nos reunimos para lembrar de nossas guerreiras que lutaram. E hoje será um pouco diferente, venha filha... É chegada a hora.

Bella me olhou apreensiva eu a tranqüilizei dizendo que ela fosse, ela segurou minha mão apertando com força, e se levantou indo até a bisa.

Bisa segurou em suas mãos com firmeza olhando-a o tempo todo nos olhos.

–Beba filha.

Bella bebeu uma porção feita pela bisa e quando ela terminou bisa pediu que ela fechasse seus olhos.

–Deixe que seu espírito se liberte, que ele voe como um falcão.

Bella ficou concentrada, ali começaria sua viagem interior, ela iria se ver e analisar tudo que passou até esse momento, ela iria entender o significado, iria se ver como ela realmente é.

(Tomorrow Never Knows – The Beatles) –


“Desligue sua mente, relaxe e flutue correnteza abaixo

Não é morrer, não é morrer

Estabeleça todos os pensamentos, renuncie aos nulos,

É brilhante, é brilhante.

Você ainda pode ver o significado de dentro

É ser, é ser”

Em determinado momento seus joelhos dobraram e ela começou a chorar, eu fui até ela tentando ampará-la, mas minha mãe me segurou.

–Não se intrometa Emily, deixe ela consigo mesma.

“O amor é tudo e o amor é todos

É saber, é saber

E a ignorância e o ódio choram os mortos

É crer, é crer”

Eu sabia o que ela estava passando, sabia que ela estava assustada consigo mesma, é difícil nos olharmos, fazer essa reflexão do nosso interior, pois no espelho da verdade do que realmente somos, nos apavoramos.

“Mas ouça a cor dos seus sonhos

Não é deixar pra trás, não é deixar pra trás

Portanto, jogue o jogo "Existência" até ao fim

Do início, do início.”

Bella segurou o solo cravando suas unhas nele revoltada... Ela agora entendia que não era culpada, entendia que agora ela não poderia mais ser quem era, entendia que até hoje estava errada e que precisaria mudar.

O vento trouxe o uivo de um lobo que nos chamou a atenção, olhamos em volta e nada, mais uma vez um uivo e nesse segundo uivo eu olhei a bisa que olhava fixamente à frente, ela estava séria.

–Seu espírito se cruza com o espírito do lobo... – ela disse em um sussurro.

************

POV Sam

O fogo estava alto, suas labaredas serpenteiam através da noite enquanto nós estamos diante dele, eu olho a fumaça que sobe até o céu, até onde a vista pode alcançar, a madeira estrala criando um cântico no meio de nosso silêncio.

Quil estava de olhos fechados orando, Jacob olhava para o fogo, parecia estar perdido em pensamentos, assim como os demais. Olhei para o meu relógio e a hora se aproximava, faltava pouco, hora de começar... Que os deuses nos abençoem.

–Jacob.

Ele me olhou prontamente.

Fiz sinal para ele vir até a mim, ele ficou diante de mim, estava sério e eu o olhava da mesma forma.

–Olhe para o rio, você vê a água fluir para ambas as direções, norte e sul? Você sabe por quê?

Essa era uma pergunta que deveria ser feita, pois apenas um lobo saberia sua resposta.

Ele pareceu pensar por um momento, fechou seus olhos como se estivesse escutando... Escutando uma voz em seu interior que sussurrou em seu ouvido, e ele repetia para que pudéssemos ouvir.

–O fluxo para o norte nasce da água em que a morte se banhou e o fluxo para o sul nasce da água em que se banhou um recém-nascido.

Ele me olhou frio e nesse momento ouvimos sussurros, risadas baixas, eu olhei para os outros que se mantinham firmes e sérios, se estavam com medo não demonstravam. Jacob mantinha um olhar sério, sagaz, decidido e corajoso.

Fui até ele tampando seus olhos com a minha mão e comecei a falar em seu ouvido em Quileute.

–Que seu coração e sua mente te guiem.

Peguei um punhado de cinzas da fogueira, estavam bem quentes, e fiz um traço em sua testa, Jacob comprimiu os olhos em dor e soltou um gemido.

–Que o fogo purifique sua mente.

Depois peguei um punhado de cinzas e assoprei em seu rosto.

–Que seu espírito voe livre como as cinzas e a fumaça desse fogo sagrado.

Jacob permaneceu de olhos fechados.

–Embry vá até o rio e encha esses dois pequenos potes, um com água do norte e outro com a do sul.

Embry prontamente foi, Jared e Quil vieram até o meu lado enquanto Jacob permanecia imóvel, ainda de olhos fechados.

–E agora? - Jared perguntou baixinho.

–Jacob está concentrado, seu espírito está livre, nesse curto espaço de tempo ele irá tomar decisões, o que é minutos para nós, para ele o tempo não conta.

Embry vem até a mim, me entregando os potes, ele me mostra qual é o do sul e norte.

Volto-me para o Jacob e a floresta a nossa volta se agita com risos e sussurros, até que ouvimos um uivo e diante de nós ele surge... O lobo do Jacob.

Eu sorri, mas atrás de nós ouvimos um galho se quebrar, todos olhamos, inclusive o Jacob que agora estava de volta a si.

–Dois lobos... - Quil sussurrou, espantado, esse segundo lobo era diferente do primeiro, seu ar era de fúria, seu pêlo era mais vermelho, ele era maior e mais forte e o seu olhar continha um ar sombrio.

–Abaixem seus olhos. – eu disse aos meninos, Quil e Jacob o encaravam.

–Quil abaixe seus olhos agora, não olhe para ele.

Mas ele persistia e começava a rosnar, o que não era bom, pois ele poderia levar o olhar do Quil como um desafio, pois Quil é um Alfa. Fui até o Quil tampando seus olhos enquanto ele tentava retirar minhas mãos.

–Oh, calma rapaz... Calma Quil... Shh, calma!

Dois lobos, um bom com todos os sentimentos bons que Jacob tinha e o outro cheio de sofrimento, dor, ira, revolta e mágoas. Jacob deveria se decidir qual faria parte dele nesse momento. Fui caminhando para trás trazendo o Quil comigo e fazendo sinal para que Embry e Jared viessem comigo, deixando entre os dois lobos apenas Jacob.

–Jacob, me escute, eu sei o que você está sentindo, pois por muito tempo isso foi parte de mim, ódio, mágoa, mas meu irmão, esses sentimentos nos fazem mal, e isso fará mal a você e a sua vida, abra mão da sua mágoa e da sua ira, não deixe que isso se alimente de você.

Jacob olhava para os lobos, ele abaixa sua cabeça parecendo ponderar e enquanto ele pensa um lobo se permanece calmo, enquanto o outro rosna em pura ira.

–Meu irmão... Eu sinto muito, agora sei por que sempre achei você melhor do que eu como Alfa, gostaria de ter o seu controle, gostaria de poder perdoar e conviver com meus erros, com minhas mágoas, mas infelizmente não sou assim. – Jacob disse.

–Meu irmão não faça isso! - eu implorava.

Jacob pegou o pote com a água do norte...

–Que a morte dos meus inimigos esteja em minhas mãos.

Jacob lavou as mãos com a água...

–Que a morte dos meus inimigos sacie minha sede.

Ele bebeu a água. Quil tentava se livrar, mas eu o segurava firme.

Jacob olhou para o primeiro lobo e depois para o segundo.

–Eu o aceito meu lobo, eu aceito sua sede se vingança, aceito seu ódio e sua fúria... Que eles paguem com sua existência pelo que fizeram.

O lobo uivou forte e veio na direção do Jacob, suas presas a mostra em posição de ataque, Jacob não se mexeu um milímetro até que o lobo se aproximou dele e então Jacob explode se transformando no lobo bem diante de nossos olhos... Ele se volta para o outro lobo indo até ele e urrando, o outro lobo urra de volta, mas ele é maior, mais forte, mais furioso, fazendo com que o outro lobo fique em submissão a ele que lhe mostra todos os dentes e quem realmente manda agora.

Ao pobre lobo só restou se levantar e ir embora triste e vencido, o outro lobo bufa e se volta para nós.

–Abaixem as cabeças, não o encare.

Ele vem furioso mostrando seus dentes, vem em minha direção, mas eu não o temo, Quil permanece contido e o lobo vem para cima dele, mas eu o protegerei.

–Não! É o seu irmão! Não o seu inimigo.

Ele para me olhando ainda mostrando os dentes e rosnando.

–Você sabe quem sou, eu não permitirei que machuque nenhum dos seus irmãos.

Eu o encaro e ele vê dentro dos meus olhos, eu ajudei seu lobo a nascer, cuidei dele, o ensinei... O lobo vê em meus olhos meu lobo que é mais velho que ele, que é o guardião do seu lugar. Ele se acalma mais e logo o lobo da lugar ao Jacob.

Mas não é o mesmo Jacob de antes, esse Jacob tinha algo sinistro, seu olhar não era mais inocente, seu sorriso não era mais de um garoto, em seu lugar estava um homem cheio de ódio e com um desejo de vingança terrível.

–Me sinto mais forte, mais ágil...

Fui até ele, agora soltando o Quil.

–Jacob, o que você fez? - Embry pergunta a ele.

Ele me olha, seu olhar frio, um sorriso sarcástico.

–Agora Sam, quem vai dar as cartas somos nós, está aberta a temporada de caça aos sanguessugas e só irá acabar com a extinção da raça deles.

Não sei até onde poderei controlá-lo, não sei até que ponto seu comportamento pode influenciar os irmãos, não sei se ele irá aguentar, tudo que sei é que os Frios despertaram um outro lado do Jacob... E que esse não terá piedade.

*****



POV Jacob

Eu podia ouvir o Sam falando comigo, mas também ouvia os sussurros em volta de mim, quando ele me perguntou sobre o fluxo do rio eu ouvi a resposta, alguém sussurrou ela em meu ouvido.

Consigo ouvir as palavras em Quileute do Sam, pude sentir a brasa queimando minha pele, o calor das cinzas em meu rosto, foi como um filme diante de mim.

Eu estava vendo cenas de coisas que vivi, eu era um telespectador das minhas dores e sofrimentos.

Bella... Ela sempre me magoava, sempre me deixava de lado por causa do maldito sanguessuga, e eu como um cachorrinho implorava por um pouco de atenção, implorei que ela não fosse para a Itália atrás do sanguessuga, tentei protegê-la, mas ela me disse preferir o outro, Bella era a razão do meu choro, de várias noites sem dormir, a razão de eu ter implorado aos meus irmãos que a ajudassem se aliando aos frios, ela me humilhava cada vez mais, eu não tinha amor próprio, eu amava a Bella... Se o sanguessuga era a droga dela, ela era a minha e eu como um viciado precisava mais e mais dela.

Mas ao mesmo tempo em que eu via isso tudo, uma outra cena da minha vida me mostrou o contrário, nosso amor explodindo em uma noite, o nascimento do nosso filho e com ele o meu imprinting, eu via os momentos felizes que passamos, o quanto eu a amava, tenho milhares de motivos para odiá-la, mas tinha infinitas razões para amá-la.

Eu vejo a casa do Charlie, vejo Bella e meu filho nela, ela o embalando até ele adormecer, com tanto carinho e amor, imediatamente a vejo indo abrir a porta e os Cullens entrando, como ela sorri e os abraça, como ela se porta como uma grande amiga deles, vejo como eles demonstram ser amigos dela a ludibriando, usando sua amizade.

O sorriso sínico do sanguessuga sentado ao lado do meu filho que dorme sereno, e então tudo passa a ser desespero, eles a seguram, ela se desespera enquanto o Edward tem um ar divertido e com aquilo Bella chora desesperada tentando lutar contra eles, numa tentativa em vão ela esmurra e se debate, mas isso o faz rir achando o quanto ela é patética, eu tento caminhar, tento ajudar, mas algo me prende como se fosse uma parede de vidro.

Grito seu nome, enquanto ela é arrastada pela sanguessuga que ela julgava ser amiga dela, eu me volto para o meu filho e ele está nos braços do namorado da vampira, ele tenta acalmar meu filho que chora chamando pela mãe.

A cena é terrível para mim, os gritos da Bella se misturando ao choro do meu filho e o meu... Ele adormece nos braços do sanguessuga enquanto o outro vem e o ataca retirando Dean do colo do irmão.

Dean é disputado por eles no chão, como cães eles se deleitam do meu pequeno filho, seu sangue puro escorre da boca deles e Edward ri com isso, seu irmão é mais furioso, pegando o pulso do Dean e o mordendo violentamente.

Vejo suas expressões de alegria e prazer, e o ódio me domina mais e mais, eu agora revivo sua morte em meu colo, seu enterro e minha Bells sofrendo, morrendo junto com ele.

–Você tem duas escolhas meu amigo...

Escuto uma voz e quando percebo estou olhando fixo para a cova do Dean, e de repente me vejo diante de mim mesmo.

–Veja quanta dor e sofrimento todos eles te deram, veja como seu filho foi morto, eles não tiveram um pingo de dó, não deram um passo sequer de dúvida, eles o atacaram sem dó. Você se culpa, se martiriza porque é um fraco, sua fraqueza, seu amor, fez com que isso acontecesse, você virou as costas para as tradições, se aliou a eles e eles se esqueceram disso.

Eu escutava cada palavra e cada uma delas doía... Doía ver que ele estava certo, doía ver que eu fui um tolo.

–Eles tem que pagar com a mesma moeda, com uma fúria maior, eles tem que conhecer a dor de um lobo, sua vingança.

Sim, chega de ser bonzinho, olho por olho, dente por dente, a fúria crescia mais e mais dentro de mim e esse outro eu sorria.

–Isso... Está na hora de mudar.

Abri meus olhos vendo meu lobo diante de mim, eu o aceitaria de bom grado, mas ao mesmo tempo um barulho nos chamou atenção e diante de mim surge um outro lobo, mais forte, mais furioso, ele é fabuloso, por um momento ponderei qual seria o certo a aceitar, mas a resposta veio imediatamente.

–Fúria, ele tem o que você precisa, ele se alimentara de sua fúria, das suas mágoas, isso o deixará mais forte, impiedoso, seus inimigos tremerão diante de seu rosnado, ele não tem sentimentos, ele não os perdoará, dará a eles a morte que lhes é de direito, lenta, sofrida e cruel, e seus gritos de piedade e clemência para ele não será nada... Ele não terá pena de ninguém.

Sim, era ele que eu aceitaria, meu outro lobo, aquele que é tudo o que eu sinto agora, ele me ajudará. Sem ouvir o apelo do Sam eu o aceitei, eu o quis e ele me atendeu.

E logo ele fazia parte de mim, tão furioso, quando voltei a mim pude sentir a diferença, eu me sentia melhor do que antes, era mais forte, mais ágil, não conseguia querer outra coisa além de matar aqueles sanguessugas.

Meus irmãos me olhavam querendo saber quem sou e o que eu sinto por eles é algo maior do que antes, agora sim os tinha como irmãos verdadeiros, pelos quais eu mataria se fosse preciso, cuidaria de cada um deles.

Eu sentia um enorme respeito pelo Sam, como um pai. Quil era tão Alfa quanto eu e eu o adorava, não me sinto com o desejo de lutar com ele pelo cargo, não, jamais irei lutar ou ferir um irmão, se dependesse de mim nossa matilha teria dois Alfas... Eu e Quil.

Mas um pensamento me veio... Bella, meu amor, minha companheira, eu a amava tanto, mas ao mesmo tempo estava magoado com ela, magoado com o que ela fez comigo, por ela não ter me escutado e continuado com amizade com aqueles Cullens, eu me vingaria por ela também, pela sua dor.

Começamos a voltar para a reserva, onde nós iríamos reunir o bando todo e ir atrás dos Cullens.

–Vamos passar na casa do Paul, chamar ele e ir atrás dos Cullens. - eu dizia impaciente, mas Sam nos levou até a casa dele.

–Sam porque estamos aqui? Vamos logo na casa daqueles desgraçados.

Mas Sam estava calmo e sereno.

–Paciência Jacob, o Paul precisa ainda recuperar as forças e nós também precisamos comer e nos preparar.

Eu bufei irritado.

–Sam está certo meu irmão, nós os pegaremos amanhã logo quando o sol sair, com a luz do sol refletida neles eles não vão poder escapar fácil... Embry vai até a casa do Paul e traz Seth e as garotas, menos a Rachel, deixa ela tomar conta do Paul que amanhã pela manhã estará mais forte.

Sam foi preparar alguma coisa na cozinha, e quando ele voltou Seth, Leah e Angela chegaram, Angela foi até o Quil lhe dando um beijo e eu desejei que a Bella estivesse aqui.

–Jared esteve vigiando os Cullens...

–Sim, alguém tinha que ficar vigiando os sanguessugas, por isso mesmo com a ordem do conselho eu e meu pai mantivemos campana.

Eu o olhei e dei um tapa em seu ombro, Jared continuou...

–Ficamos fazendo uma vigilância completa quase 24 horas e até mesmo 24 horas em alguns dias, a movimentação estava normal, só restaram três sanguessugas, o doutor, a esposa e a sanguessuga loira companheira do grandão, o que me deixou mais confuso foi o porquê dela não ter ido embora com os outros.

–Certo, então os três que queremos não estão lá, droga. - Leah disse indignada, mas eu não me abalei.

–Pegaremos os três, não tem problema.

Eu mataria todos.

Mas Quil se levantou pensativo...

–Não, espere, eu tenho uma ideia.

Quil expôs seu plano, e isso me agradou muito, meu irmão demonstrava já ser um grande estrategista e isso era muito bom. Sam tinha um mapa que ele fez de toda a reserva, coisa da mente dele, tínhamos entradas e saídas, atalhos, tudo bem detalhado no mapa, nossa memória de lobo funciona muito bem e nós reconhecemos cada local.

****

O dia amanheceu e fomos até a casa do Paul, eu estava ansioso, o pai dele nos recebeu, minha irmã Rachel estava lá, havia passado a noite e estava com uma bandeja cheia de comida nas mãos levando para o quarto. Eu já fui entrando.

–Onde ele está? Paul, vamos, levanta.
Mas Rachel protestou.

–Jacob... O Paul ainda não está em condições de se levantar.

–Bobagem, ele já deve estar bem melhor.

Eu não me importei com o pedido dela e fui passando direto por ela indo até o quarto dele, que estava de pé colocando uma camisa, após o banho.

–Meu irmão, que bom que já está bem, vamos, é chegada a hora da nossa vingança.

Paul me olhou e deu um sorriso, mas Rachel veio novamente tentando impedi-lo.

–Jacob, o Paul ainda não está em condições, ele precisa se recuperar.

Eu olhava para o Paul, fui até ele segurando em seus ombros, olhando em seus olhos.

–Venha comigo irmão...

Paul retirou a camisa e eu sorri, Rachel veio até ele.

–Rachel, eu te amo, e se você me ama, se você quer que eu fique bem... Me deixe fazer com que aqueles desgraçados paguem.

Ele lhe deu um beijo na testa e fomos juntos encontrar os outros, foi decidido que iríamos na forma humana, bem sorrateiros e rápidos, isso iria criar um efeito surpresa. Quanto mais eu me aproximava mais raiva eu tinha, não via a hora de cravar meus dentes naqueles desgraçados, quando nos aproximamos da mansão eu já nem tinha controle sobre as minhas pernas.

Assim que cheguei na porta fui metendo o pé nela a derrubando.

–O que está acontecendo aqui? – o desgraçado do doutor falou, mas eu o agarrei pelo pescoço, o erguendo e o esmurrando.

–Vem cá desgraçado.

A esposa dele veio para o lado dele aos gritos o chamando. Mas Paul a pegou também pelo pescoço, ele rosnava e apertava o pescoço dela.

–Esperem, vocês estão cometendo um erro. - o doutor falava enquanto cambaleava devido ao murro que eu dei.

–O único erro foi não ter matado vocês antes. - eu disse entre dentes, a sanguessuga loira se mantinha calma, como se não estivesse temendo nada, estava com Leah, enquanto os demais cercavam o doutor e a esposa.

Mas antes que nós os matássemos, ouvi algo que eu não esperava.

–Não! Jacob, não! Não os matem!

Olhei para ela com toda a minha raiva, não é possível... Eu não podia acreditar que mesmo depois de tudo, Bella ainda os defenderia.

POV Bella

Era tudo tão intenso, chegava a ser assustador o modo como eu me sentia... Foi tudo muito tranqüilo até que a bisa anunciou que estava na minha hora e tudo começou, ela me deu algo para beber e eu bebi rapidamente, então ela mandou que eu fechasse meus olhos e assim eu fiz.

–Deixe que seu espírito se liberte, que ele voe como um falcão. – ouvi a voz da bisa, mas parecia só um sussurro ao longe enquanto eu me sentia como se estivesse me libertando de meu corpo.

Eu me sentia leve, meus olhos não se abriam mais agora, mesmo que eu quisesse, era como se eu estivesse dormindo, mas estando consciente... Consegui ouvir sussurros ao meu redor, mas eu ainda não enxergava nada, era tudo muito escuro e percebi que era assim que eu vinha me sentindo há muito tempo... Numa completa escuridão!

De repente meus olhos se abriram para um enorme clarão, mas imediatamente me dei conta, inexplicavelmente, que eram meus olhos da alma, do meu espírito que voava livre de meu corpo... E então foi como se um filme passasse diante dos meus olhos... O filme da minha vida... Eu podia ver quando voltei para Forks, ainda uma menina, e me apaixonei tão loucamente pelo Edward, um vampiro!

Meu coração batia cada vez mais rápido enquanto eu revivia tudo aquilo... Minha aproximação do Jacob quando o Edward me deixou... Como o Jake me salvou de todas as formas possíveis e como eu o tratei como um nada, correndo de volta para o Edward e deixando o Jacob sofrendo por mim mais uma vez... A culpa me assolou ao perceber quanto mal fiz ao Jake naquela época.

Fui revivendo tudo e a culpa me corroia cada vez mais quando eu via tão claramente o quão mal tratei o Jake por muito tempo.

E então como num piscar de olhos as cenas mudaram e vi de novo o nascimento do meu filho e meu coração se apertou... Percebi que eu estava ajoelhada e sentia lágrimas correndo em meu rosto, ver de novo meu pequeno Dean foi doloroso de mais... Eu já me sentia mais ligada ao meu corpo humano novamente, mas ao mesmo tempo ainda sentia meu espírito livre, era como se “ele” me mostrasse tudo aquilo.

E de repente passei a reviver o pior momento da minha vida... A morte do meu filho, o dia em que uma parte minha morreu também!

Pude ver como eu mesma abri a porta para eles entrarem... Como eu mesma fui ao encontro deles... Como eu mesma deixei eles chegarem até meu filho e matá-lo!

Senti minhas unhas cravarem na terra ao sentir de novo toda aquela dor daquele maldito dia... Meu desespero ao tentar salvar meu filho... A terrível dor ao ouvir o choro dele enquanto aqueles desgraçados o matavam... Meu indefeso Dean, meu amor, meu pequeno bebê que foi arrancado dos meus braços!

Aquelas cenas me atormentavam como num filme de terror, me lembrei do choro do meu filho, de como ele me chamava de seu modo, eu não tinha visto nada, só ouvido, mas agora eu podia ver claramente como aqueles monstros matavam meu bebê, como cravavam suas presas em sua pele tão macia, como drenavam seu sangue tirando pouco a pouco sua vida. Meu coração sangrava ao ver aquilo, o sangue do meu filho escorrendo pelos lábios de Edward, lábios que eu já beijei... Eu sentia dor, culpa, raiva, mágoa, nojo...

Então pude ouvir um uivo e depois outro... Meu coração acelerou com o reconhecimento... Era o meu Jacob!

“Suas escolhas, mas não sua culpa... Você faria tudo para salvar nosso filho... Foram eles, os sanguessugas que o mataram.”

Reconheci sua voz e então vi parado em minha frente seu lobo... Eu conseguia ouvi-lo em minha mente, como se conseguíssemos nos comunicar através do olhar... E senti que era o encontro de nossos espíritos. Nós dois estávamos tão cheios de culpas, mas naquele momento era como se percebêssemos que a culpa não era nossa... Amávamos nosso filho mais que tudo e faríamos de tudo para salvá-lo.

Lentamente me aproximei do lobo, tocando seu pêlo e acariciando-o com todo meu amor... Amo o Jacob e o amor pelo nosso filho sempre estará presente em nós, Dean era uma parte nossa e foi tirado da gente de forma cruel e covarde.

Eu amei os Cullens e confiei neles, fui ingênua e eles tiraram meu bem mais precioso, por mais que pudesse ter culpa por confiar neles, eu jamais teria feito algo de propósito para machucar meu filho. Sim, eu errei e muito e de certa forma sempre terei que conviver com essa culpa, mas foram os Cullens quem mataram meu filho... Edward e Alice, os que eu mais amei e em quem mais confiei... Eles junto com o Jasper mataram uma parte minha quando mataram meu filho.

O lobo em minha frente lambeu minha mão, seus olhos brilhavam com tantos sentimentos refletidos ali... Eu precisava do Jacob, assim como ele precisa de mim... E os Cullens ainda pagariam pelo que nos fizeram!

O lobo se agachou em minha frente como se concordasse com cada pensamento meu e então eu o abracei com força acariciando seu pelo castanho avermelhado tão conhecido e sentindo seu perfume amadeirado que tanto amo.

Pude sentir a escuridão me deixando, a culpa e a imensa tristeza se esvaindo pouco a pouco... Eu tinha que ser forte!

Mas ainda pude ouvir a voz do lobo, a voz do Jake...

“Isso não acabou Bella, a guerra está só começando, a luta será difícil, você precisará ser forte para o que te aguarda em La Push.”

Foi à última coisa que ouvi. Meu coração acelerou e ofeguei, de repente abrindo os olhos... O lobo tinha ido embora e eu estava ajoelhada no chão, minhas unhas sujas de terra e meu rosto banhado em lágrimas... Em minha frente vi a bisa e a Emily e sorri... Tudo ficaria bem!

Emily e bisa caminharam em minha direção e me ajudaram a levantar.

–Como você se sente? – Emily perguntou secando as lágrimas do meu rosto.

–Bem. – sussurrei. –É como se me sentisse livre.

–E você está... – bisa sorriu segurando minhas mãos. –Está livre de tudo que te machucava, de todo mal que te prendia, agora você conseguirá seguir em frente e enxergar melhor como as coisas realmente são... Não digo que será fácil, mas você estará mais preparada.

Ela me abraçou carinhosamente e eu assenti sabendo que ela estava certa. Ela colocou as mãos em minha cabeça fazendo uma prece em uma língua que eu não conhecia, mas me senti ainda melhor.

–Agora sente e descanse um pouco. – ela disse e Emily me levou até um canto mais sossegado enquanto a reunião continuava.

–Você ficará bem sozinha por alguns minutos? Vou ligar para a reserva para ver como está tudo por lá. – Emily disse.

–Claro, vai lá, ficarei bem. – sorri.

Emily se afastou e eu fiquei perdida em pensamentos, aproveitando toda aquela paz que há muito tempo eu não sentia, até que ela voltou com uma expressão estranha no rosto que imediatamente me deixou em alerta.

–O que foi? – perguntei.

–Eu falei com a Kim... Ela disse que o Jacob conseguiu, o lobo dele voltou.

No mesmo instante me lembrei do meu encontro com o lobo do Jake e sorri me levantando.

–Isso é maravilhoso Emily.

–Sim é, mas... – ela parecia cautelosa. –Vou dizer logo... Os meninos querem vingança Bella... Eles vão atacar os Cullens amanhã.

Fiquei sem reação, meu coração disparou e fechei os olhos por algum tempo até finalmente decidir o que fazer.

–Temos que voltar. – falei voltando a abrir os olhos. –Temos que voltar agora mesmo Emily.

***************

Para meu alívio a Emily concordou comigo e naquela mesma noite voltamos para La Push, enquanto me despedia da bisa e das mulheres que conheci ali acabei me emocionando, todas me ajudaram tanto, fiz questão de agradecer a cada uma, eu não teria conseguido sem elas, e também prometi voltar mais vezes. Bisa entendeu que eu precisava voltar, ela até me incentivou, disse que eu realmente tinha que estar em La Push agora e que eu saberia o que fazer.

Enquanto entrávamos em La Push no dia seguinte eu percebia como estava diferente do dia em que saí dali, eu tinha alcançado meu objetivo, mas ainda tinha muito a ser feito.

Fomos direto para a casa da Emily e encontramos Rachel, Kim e Angela lá... Elas vieram nos receber com abraços e queriam saber tudo que tinha acontecido, mas vi a angustia em seus rostos.

–Onde estão os rapazes? – perguntei.

Elas se olharam por um tempo e depois Angela suspirou pesadamente.

–Eles foram Bella... Devem estar na casa dos Cullens já. – ela finalmente disse.

Olhei desesperada para Emily.

–Preciso ir até lá.

–Não Bella, não vá assim. – Rachel disse.

–Eu preciso, vocês não entendem, mas eu preciso. – eu sabia o que fazer, mas não tinha tempo de explicar agora.

–Então eu te levo. – Emily disse com firmeza.

Eu não tinha tempo então só assenti e corri de volta para o carro. Emily me seguiu entrando no carro e dando partida enquanto as meninas ficavam na varanda nos olhando assustadas e gritando que era perigoso demais.

–Bella...

–Por favor Emily. – a interrompi. –Só confia em mim e chegue lá o mais rápido possível.

Ela entrecerrou os olhos, mas assentiu dirigindo mais rápido.

Meu coração estava quase saltando pela boca quando finalmente chegamos, e antes mesmo da Emily parar o carro direito eu já estava saltando fora e correndo em direção a casa dos Cullens que tinha a porta aberta. E enquanto entrava pude ouvir a voz do Jacob...

–O único erro foi não ter matado vocês antes. – ele disse.

Eu tinha que agir rápido...

–Não! Jacob, não! Não os matem! – gritei quase sem fôlego e ele me olhou surpreso.



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