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Capítulo 11 - A estrela mais bonita
Escrita por May Black, Joyce Mulder
O plano seria simples, enquanto os Denali distraíam a matilha eles iriam chegar na casa do pai da Bella, encontrá-la e enquanto a Alice distraía a Bella, Edward daria ao bebê uma substância que o faria adormecer e então fazer seu coração parar.
Era simples e indolor, iria parecer que o bebê morreu durante o sono, Bella não sofreria tanto e os lobos não desconfiariam dos vampiros... Era para ser assim.
Mas tudo mudou na hora
Haveria muita dor, haveria muito sangue, haveria fúria e vingança.
Não teria graça se ele não a visse chorar, se ele não sentisse sua dor, ele queria ver seu desespero, sua onipotência diante dele, ele queria que ela visse o quanto patética é sua forma humana, sua errada escolha em continuar dessa maneira fraca sendo que ela poderia ter sido como ele, forte e indestrutível, mas ela tinha que pagar pelo que fez, ela choraria lágrimas de sangue, ele prometeu a si mesmo que faria isso, ele gritou a plenos pulmões diante dos cães que ela iria se arrepender pelo que fez.
Ela teria que pagar o preço por sua traição, por ter se entregado ao cão, por ter lhe tirado o sonho que um dia ele teve de viver uma vida eterna com ela, não, ele não seria mais tão altruísta, para o inferno o bom senso! Nunca em sua vida humana ele foi um bom perdedor, porque seria agora em sua outra vida?
Mas não seria somente ela, Jacob, o maldito cão, ele teria que pagar por ter entrado em seu caminho, por ter retirado de Bella a pureza que era para ser dele, ele a sujou com seu cheiro imundo, a semeou com sua essência, retirando dela o cheiro que tanto o agradava, que o seduzia, ele poluiu o doce e inebriante sangue de Bella com o dele, imundo, podre, de cão... Sua Bella não tinha mais o que o deixava louco e era até mesmo quase impossível ter desejo de possuí-la, pois ela agora fedia tanto quanto Jacob fedia a cão.
Aos cães o que lhe são de direito!
Está na hora de castigar o cachorro mal criado, mas sua surra não será de jornal, nem com chinelinhos, ele irá perder aquilo que poluiu, que acabou com sua Bella, sua essência, seu pequeno filhote, que fez com que o lobo dele tivesse a maldita magia que os uniria definitivamente até o dia de suas mortes.
Mas agora acabou, o que os uniu não existe mais, nunca havia sentido um prazer tão grande como esse, por um momento ele vacilou, por um momento algo sentimental lhe abateu, lembrou de sua mãe e das idas a igreja aos domingos, de quando ela lhe falava sobre pecados e que esperava que ele fosse um homem honrado, ver seu ente querido a noite lhe esperando com apenas um prato de sopa de batatas todas as noites, viver em um casebre velho faz com que a honra de um homem vá para o inferno, e ele lembrou que quando começou a lhe dar uma vida digna ela chorou, pois sabia da onde vinha aquele dinheiro, do modo sujo como ele o ganhava, roubando, trapaceando, matando... Ele não era mais o anjinho da mamãe, lembrou de como se sentiu mal quando sua mãe segurando sua mão em seu leito de morte lhe fazia um último pedido... “Edward meu filho, aconteça o que acontecer se mantenha no bom caminho, largo é o caminho do mundo.”
E agora diante do pequeno corpinho, do sangue de um inocente em sua boca, sentindo seu gosto, ele se lembrou dela... Ela deveria estar zangada com ele, Deus estaria zangado.
Não! Ele não se arrependeria, olho por olho dente por dente, é o ditado que sempre lhe valeu, os fracos não tem vez nesse mundo, veja Jacob e sua fraqueza por Bella, se não fosse pelo imprinting ela nunca o escolheria, Jacob sempre foi um boneco para ela, que sempre lhe usou, ele só venceu pela trapaça do imprinting, por ter feito esse maldito filho nela, essa criança que estava na sua frente, da qual ele tem o sangue em sua boca, era o culpado, mesmo que não existisse a tal premonição de Renata ele o mataria.
E quanto a sua dívida com Deus e sua mãe... Ele nunca teve medo do inferno mesmo, e sua mãe estava morta...
Ele sorri a isso, ele sorri ao sentir a dor que o cão tem, ele se vê como um maestro em meio à floresta, enquanto em sua mente ele ouve os gritos de desespero de Bella, o choro desesperado dos cães, ele ouve o pensamento de Jacob... Sente a sua dor.
Edward fecha seus olhos e os vê como ele queria... De joelhos chorando... Cobertos de sangue.
Risos...
Mesmo com Alice e Jasper o chamando, ele não poderia se mexer e perder isso.
–Apenas um momento. - era o momento dele, era sua glória.
–Ouçam os choros, o desespero, o lamento...
Eles se calaram, e as lamúrias de dor foram acompanhadas de uma triste canção entoada em meio a lágrimas, uma voz que mal sai.
Eles sorriem, apesar de torto e bizarro sua missão estava cumprida, sua espécie viveria, a ameaça chegaria ao fim, mesmo que isso os condenassem ao exílio em outras terras, eles não se importariam, desde que todos estivessem bem.
Mas para Edward era diferente... Para ele isso era um deleite, uma sinfonia, que o fazia fechar os olhos em uma delícia sublime, como um orgasmo.
Vingança é um prato saboroso...
*****************************
POV Bella
Meu celular tocou insistentemente, Dean ainda dormia ao meu lado no sofá, fui até a minha bolsa a pegando pensando ser o Jacob, graças a Deus ele ligou antes de chegar e ver Alice e os irmãos aqui. Olhei no visor e era Angela, deveria estar querendo me passar algum recado do Jacob.
–Oi Ang.
–Bella, onde está? Fui até sua casa! - ela me pergunta, seu tom de voz parecia preocupado.
–Estou na casa do meu pai, tinha um amigo dele que veio trazer uns arquivos, o que aconteceu?
–Bella, estamos todas aqui, os meninos não chegaram até agora, liguei várias vezes para o Quil e nada, fui até a casa do Billy e ele me disse que também pensou que ele e o Jacob estivessem na garagem consertando um carro.
Ela falava sem parar enquanto ao fundo eu podia ouvir as meninas, todas falando, Rachel pedia calma a Emily.
–Angela onde ela está? - Emily perguntava com um tom aflito na voz.
Pude ouvir Angela falando com ela...
–Ela está na casa do Charlie com o Dean.
Mas Emily respondeu de um modo que me preocupou.
–Diga a ela que volte pra cá.
–Calma Emily. – Rachel pedia.
–Meu coração está apertado Rachel.
Angela voltou a falar.
–Bella a Emily está dizendo para você voltar pra casa, ela está muito preocupada, andando de um lado para o outro.
Angela voltou a falar mais baixo...
–Bella todas nós estamos preocupadas, os meninos sumiram, eu estou com medo... Quil não é de sumir assim.
O tom de voz dela me amedrontou, um calafrio correu pela minha espinha, olhei para o Dean dormindo tranqüilo e meu coração se apertou, talvez elas estivessem certas, Jacob jamais deixaria o celular longe dele, jamais sumiria dessa forma sem antes me avisar, está decidido, vou pegar o Dean e voltar para a reserva.
Mas o celular com um toque assinala que a bateria está acabando, e juntamente com esse toque a campainha anuncia que Alice chegou, respirei tranqüila, qualquer sinal de perigo eu e Dean estaríamos protegidos pelos Cullens.
–Angela, eu vou ficar bem, a Alice acabou de chegar.
–O que? Alice, o que ela está fazendo aí, Bella?
Fui até a porta ainda conseguindo ouvir a última frase da Emily...
–Diz pra ela voltar Angela!
Mas a ligação caiu, a bateria se foi. Abri a porta com um alívio vendo Alice diante de mim com seu sorriso, ao seu lado como sempre Jasper e Edward, que tinha o lindo sorriso de sempre.
A abracei fortemente assim que ela entrou.
–Alice, que bom ter vocês aqui.
Ela me cumprimentou dizendo que estava com saudades também, depois foi a vez de Jasper, e por fim ele... Edward... Ele parou me olhando parecendo me analisar, a forma como ele me olhava me fez estremecer, mas não como antigamente de amor e sim de temor.
–Você está tão diferente Bella.
Sim eu havia mudado, meu cabelo continuava comprido, mas com um novo penteado, nada daquela coisa lambida de antes, agora eu usava maquiagem, batom, lápis de olho, nada exagerado, minhas roupas eram comportadas, porém mais apertadas, as blusas mais soltas, algumas caídas, e eu juntamente com as meninas dos lobos fazíamos academia, mesmo os deixando loucos de ciúmes e com o lindo bico do Jacob, isso tudo por ele, pelo Jacob que adorava isso, eu era uma nova pessoa, uma nova Bella, mais sorridente, eu era a Bella do Jacob. E adorava isso, adorava a forma como ele me dizia que eu estava sexy, e me chama de gostosa quando estamos na nossa intimidade, tão diferente do Edward.
–Não mudei muito, ainda continuo a mesma Bella. – sorri.
Edward voltou a sorrir e me abraçou.
–Senti saudades... - ele me diz.
Me afastei dele e olhei para todos, tinha muita coisa a dizer, a me desculpar.
–Quero me desculpar da forma como eu saí, como tudo aconteceu, não foi minha intenção acontecer daquela forma. - me voltei para Edward.
–Edward eu sinto muito, mas nunca iludi você de que não sentia algo pelo Jacob, você mesmo sabia o quanto eu sofria por ele, que o amava também, e o imprinting só serviu para aumentar mais ainda o que já existia, mas a minha intenção nunca foi te magoar.
Edward me olhava intensamente, estava sério.
–Sim, você está certa e eu sabia, mas mesmo assim eu era feliz com você, pois eu sempre te amei Bella, mas quero sua felicidade mesmo que não seja ao meu lado.
Ele sorriu e eu o abracei, estava feliz de que ele tenha entendido tudo, Jacob estava errado, Edward poderia ter tido um momento explosivo, não posso culpá-lo, mas ele ainda continuava o mesmo, eu sabia que ele entenderia, que todos entenderiam, eu sempre serei grata a eles que sempre serão uma família para mim, me separei dele ao ouvir Alice falando do Dean.
–Olha como ele cresceu. - ela sussurrava, pois Dean ainda dormia, eu fui até ela sorrindo e Edward e Jasper também se aproximaram dele.
–Então esse é o famoso Dean... Ele está lindo Bella. - Jasper disse.
Eu inflamava de orgulho, Edward olhava para o Dean fixamente, e quando seu olhar veio para mim ele sorriu, parecia incomodando e eu não o culpo por isso.
–Ele é a sua cópia. - Edward disse com um sorriso.
–Bella, olha só, trouxe algumas coisas dele que estavam lá em casa, veja se alguma coisa ainda serve nele.
Me sentei ao lado da Alice que ia tirando as roupinhas da sacola, algumas ainda serviriam, mas a maioria não, falávamos sobre tantas coisas, ela me dizia sobre Carlisle e Esme, que eles sentiam muito a minha falta, de como Emmett e Rosálie gostariam de ter vindo, e eu sorria com as lembranças de tempos felizes ao lado deles, e esqueci até da apreensão que eu estava, Jasper se mantinha de pé e Edward se sentou no sofá onde Dean estava deitado e dormindo.
Ele olhava para o Dean e começou a acariciar seus cabelos, um gesto tão carinhoso que eu sorri e me senti culpada.
–Ele se parece tanto com você Bella, apesar do cheiro de cachorro. - Edward disse enquanto acariciava o Dean.
A forma como ele falou me incomodou.
–Não fala assim Edward. - o recriminei.
–Bella não liga para o Edward, até parece que você não sabe como ele é implicante... Ai, olha só esse conjuntinho, oh ele vai parecer um príncipe.
Alice falou, mas eu olhei para o Edward e ele continuava acariciando o Dean que deu um choramingo enquanto ainda dormia, o cheiro deles já estava o incomodando, me lembrei da última vez que nos encontramos no hospital e de como Jacob ficou nervoso, e Dean chorava, nós discutimos fortemente e eu lhe prometi depois que nunca mais iríamos brigar por causa dos Cullens. Eu amo o Jacob, mas eu acho que as vezes ele exagera com essa desconfiança... “Não confio neles Bella principalmente naquele seu sanguessuga, o olhar dele é mal, eu sinto a maldade nele.”
A voz de Jacob soava em minha cabeça me alertando, mas eu olhava para Edward, seu carinho para com Dean, olhava para Alice que babava nas roupinhas dele, e Jasper, as lembrança que eu tenho dos Cullens são as melhores, eles sempre me protegeram, sempre fizeram tudo por mim.
Edward voltou a falar ainda acariciando o Dean.
–Mas o cheiro dele de cão, é quase imperceptível, não é algo que agrida o meu olfato... - Edward parou e aspirou cheirando o ar perto do Dean. -Ele tem muito de você, algo que deixa o cheiro dele suave, leve, quase não da para sentir... Sabe Bella, seu filho tem tudo de você, ele tem o seu sangue.
Olhei para Edward e um temor correu por minha espinha, me lembrei de algum tempo ele me dizer o quanto tinha que se controlar para estar comigo, pois meu sangue o atraía, mas tentei me controlar, Edward continuava a acariciar meu filho ternamente, mas a forma como ele falou, de como ele dizia que o sangue do meu filho era tão tentador como o meu só aumentando mais o meu medo.
Olhei para Alice e ela estava paralisada olhando para o nada, eu conhecia isso, e meu medo aumentou mais.
Alice tinha uma visão e eu ficava apavorada poderia ter alguma coisa a ver com o sumiço do Jacob? Seria os Volturi? Tudo fazia sentido, o sumiço dos meninos, vampiros, eles deveriam estar invadindo a fronteira, a matilha estaria os perseguindo, por isso eles tenham vindo me visitar insistido, pois sabiam que eu estaria desprotegida... Jake... Meu Jake, ele poderia estar lá lutando contra algum vampiro.
A segurei fazendo com que ela me olhasse, se a matilha estava em perigo eles teriam que me falar, eu iria dizer a Edward e seus irmãos que me levassem de volta a reserva e fossem ajudar Jacob e os meninos.
–Alice o que você está vendo?
Ela olhou para Edward, sua expressão mudou e ela parecia assustada.
–Edward, não foi isso que combinamos. - ela disse.
– Mudanças de planos, irmã. - olhei imediatamente para ele.
Seus olhos se levantaram e estavam vermelhos, um vermelho que demonstrava ira, um vermelho que me amedrontava, não poderia ser. Olhei para o Dean, meu filho estava ao lado dele, desprotegido, eu não temi por mim, temi pelo Dean, meu instinto materno gritou dentro de mim e eu fui em direção ao meu filho para pegá-lo, mas Edward rapidamente antes que eu me aproximasse do sofá se pôs na minha frente.
–Edward, me da o meu filho, se você quer fazer algo faça comigo me transforme, mas deixe o meu filho, por favor.
Eu lhe implorei, olhei para o Dean e ele continuava quietinho dormindo.
Edward sorriu.
–Você? Eu até queria meu bem, não posso negar que ter você ao meu lado como eu sempre quis seria algo tentador, mas isso não faria você pagar pelo que você fez, não faria o Jacob pagar por tudo e além do mais você já tem a essência dele, você não me agrada mais, sabia que o sangue de um bebê é delicioso e sua carne... Hum, tão saborosa que chega a derreter na boca. - ele ri.
Eu urro e vou pra cima dele batendo nele com toda a força, ele não iria fazer nada contra o meu filho.
–Você não vai fazer mal ao meu filho seu sanguessuga, seu monstro filho da mãe! - eu gritava a plenos pulmões o esmurrando.
Mas diante de um vampiro minha força era nada e Edward parecia se divertir com isso, ele nem se movia, apenas ria.
–Olha só, a sua convivência com os cães deixou você bravinha meu bem, mas eu não sou o Jacob que é submisso a sua fúria.
Alice veio até ele.
–Edward... Não faça nenhuma loucura, você sabe que deveria ser diferente, isso irá nos comprometer.
Eu olhei para Alice incrédula, eu só poderia estar entendendo errado, Alice era minha amiga, tentei fazer ela voltar a razão.
–Alice me ajuda não deixa ele fazer isso Alice, é o meu filho... Jasper.
Eu implorava pelo meu filho, Dean acordou e começou a chorar, eu o olhei e aproveitando uma distração do Edward corri e me atirei sobre ele chorando.
–Mamãe está aqui, meu amor... Vocês não vão machucar meu filho... Edward pelo amor de Deus.
–Alice, segura ela agora! Anda.
Ela veio me puxando e Jasper pegou Dean em seu colo tentando o acalmar, eu me debatia contra ela, contra suas mãos que me seguravam fortemente e me arrastavam para longe do Dean.
–Pelo menos deixe que eu o faça dormir novamente. - Jasper disse ao Edward.
Alice me segurava enquanto eu me debatia, mas seus braços eram cabos de aço eu não consigo me soltar, Edward suspira.
–Ah meu irmão, tão sentimental, bem, que seja então, faz esse fedorento calar a boca.
Dean chorava, suas lágrimas banhando seu rosto e me olhando.
–Mama. - ele me chamava em meio ao choro.
–ALICE... É MEU FILHO... JASPER, AJUDE! TIRA ELE DAQUI JASPER NÃO DEIXE QUE FAÇA MAL A ELE, DEUS, EDWARD NÃO FAÇA ISSO! - eu gritava.
–Vou tirar ela daqui, ela não precisa ver isso. - Alice me puxava.
–Não! Deixe que ela veja! Eu quero que ela veja! - Edward falou.
–Edward você está louco, essa sua vingança irá nos comprometer, não era para ser assim.
–Dane-se, Jasper! Ela tem que pagar, ela tem que sofrer como eu sofri por ela!
–Pro inferno... Não vou deixar que ela veja isso, é demais. - Alice saiu me arrastando até o armário que ficava embaixo da escada o abrindo.
–Alice, não! Alice você é minha amiga. - eu implorava em meio as lágrimas.
Alice parou comigo me olhando com pesar.
–Desculpa Bella, mas ele destruiria todos nós.
Me empurrou fechando a porta.
–Não! Não... Dean – gritei esmurrando a porta. -Edward eu vou matar você! Eu vou matar vocês se encostarem no meu filho, seus desgraçados! Socorro!
Tudo que pude ouvir enquanto eu batia desesperada na porta eram sussurros, e por fim um gritinho agudo de dor, era meu filho, ele gritava, eles estavam o matando, comecei a esmurrar mais forte a porta batendo com meu ombro na tentativa de tentar arrombar a porta, gritando como uma louca por socorro.
Até que ouvi risos do Edward e depois sua voz.
–Vem Jasper, veja como é bom.
–Jake! Me ajuda! Socorro.
Gritei pedindo a ele que se ele estivesse em sua forma de lobo pudesse me ouvir.
–Jake vem salvar nosso filho, por favor. - eu chorava.
***********
POV Leah
“-Leah o que está acontecendo?” - Embry gritava na minha cabeça.
“-Bella, meu filho...” - Jacob dizia.
“-Os malditos estão nos fazendo de bobos, merda.” - Sam disse.
Eu os escutava na minha cabeça enquanto eles voltavam desesperados, Jacob corria e corria muito rápido, eu podia sentir, mas eu não falava nada tudo que eu pensava era... “Vamos loba corra.”
Estava perto da casa do Charlie e voltei a minha forma humana me vestindo rapidamente, fui correndo agora como humana o restante do caminho, já estava bem próxima saindo da mata atrás da janela do quarto da Bella.
–Socorro! Dean.
Eram gritos abafados, mas eu os reconheci, era a Bella, entrei com tudo pela porta dos fundos e pude ver os sanguessugas ainda e estavam cobertos de sangue, a cena era horrível demais, os dois, o ex da Bella e o outro que nos treinou na batalha contra a sanguessuga ruiva estavam debruçados no chão atacando o Dean, não pensei duas vezes avancei contra eles, a baixinha apareceu de repente, veio entrando em meu caminho, mas eu fui mais rápida e a golpeei fazendo ela bater contra a parede
–Cadela! - ela gritou.
Edward se preparava para vir quando o outro sanguessuga o parou.
–A matilha, eles estão vindo, vamos.
–Não! Deixe que venham.
–Edward seu louco! Não seremos páreos para a matilha inteira, vamos, já acabou.
Eu fui em direção a eles, mas eles fugiram. Voltei para a sala e a cena era horrível.
O sofá estava respingado de sangue assim como as paredes, e no chão uma enorme poça de sangue e um pequeno corpinho.
–Deus do céu... Dean. - eu havia chegado tarde.
Fui até ele me ajoelhando diante dele e não pude conter minhas lágrimas.
Ele estava com o rostinho virado para o chão.
–Meu pequenino, por favor, não me deixe ter chegado tarde demais. - toquei seus cabelos e me concentrei em tentar ouvir as batidas do seu pequeno coração, ainda estava ali, ainda batia, mas era tão fraco, tão baixinho... Naquele momento eu soube, mesmo não querendo admitir, que eu tinha chegado tarde demais.
Gritos de dentro do armário me trouxeram a realidade, fui em direção a ele o abrindo e Bella saiu desesperada.
–Leah... Oh meu Deus... Graças a Deus... O Dean, ele está em perigo.
Eu a segurei, ela não poderia ver a cena, não poderia deixá-la ver, ela fez menção de ir a sala.
–Você chegou a tempo não foi? Não foi Leah? - ela me olhava desesperada.
Eu nem tinha o que dizer, meus olhos se encheram de lágrimas, eu não podia acreditar no que fizeram, era um bebê, por quê? A olhei...
–Não Bella.
Ela me olhou, vi dor em seu olhar e ela começou a querer se desvencilhar de mim.
–Eu quero ver meu filho Leah, eu quero ver meu filho.
–Não vai lá Bella, por favor. - eu chorava junto com ela.
–Não Leah, você chegou a tempo! Você chegou a tempo. - ela gritava e eu a abracei.
Pela porta entra como um trovão Jacob e o restante da matilha.
–Bella! - ele grita indo até ela a abraçando.
Eu chorava e Embry veio até a mim me abraçando.
–Você está bem Leah? - ele me inspecionava.
Eu o abracei fortemente chorando, a única coisa que queria era ter o Embry em meus braços, buscar nele o conforto.
–Eu não consegui Embry, eu não consegui amor.
Minhas lágrimas caíram mais forte quando eu escutei os gritos de Bella e de Jacob.
*********
POV Jacob
Minhas costelas doíam, minha cabeça girava, a maldita sanguessuga surgiu não sei da onde me atirando contra uma árvore onde eu bati.
Me levantei e continuei a persegui-los com meus irmãos, mas na minha cabeça algo batia, eu os conhecia de algum lugar.
Leah se conectou a nós, ela estava vindo, mas foi parada pela sanguessuga loira dos Cullens... Leah iria atacá-la.
–Não me ataque! Você precisa ajudá-los.
Ela dizia desesperada, mas Leah rosnou, ela iria atacar a sanguessuga loira.
“-Leah, vamos.” - era a voz do Embry.
Eu não entendia, ajudar quem? Os Cullens, eles também estariam sendo atacados?
“-O que está acontecendo?” – eu perguntei para Leah.
Mas ela voltou a sua forma humana, e nós tivemos minutos de apreensão.
“-Leah! Porque ela se desconectou com a gente?” - Embry estava preocupado.
“-Mantenha o foco Embry, Leah sabe se cuidar.” - o Sam disse.
Quando Leah voltou a forma lupina eu pude ver tudo, e me lembrei da onde eu conhecia esses sanguessugas.
“-Eles estavam no casamento da Bella e do sanguessuga, eles são amigos dos Cullens.”
Parei e comecei a ver a mente da Leah.
“-Do que você está falando?
–Bella e o bebê... Eles correm perigo, isso é tudo um plano... ELES VÃO MATAR O BEBÊ!
–Está mentindo.
–Enquanto estamos perdendo tempo aqui discutindo se estou falando verdades ou mentiras, Bella e o filho estão sendo atacados... Vá loba.
–Se você estiver mentindo...”
A matilha inteira parou, e não sei se era loucura minha ou não, mas eu ouvi a voz de Bella me chamando ao longe, um desespero passou por mim, me lembrei do sonho que eu tive, dos meus pesadelos, e corri de volta para a casa do Charlie.
“-Bella, meu filho.” - eu só pensava isso.
“-Os malditos sanguessugas estão nos fazendo de bobos, merda.”
Sam gritou e logo estávamos todos correndo o mais rápido possível para a casa do Charlie, eu corria mais e mais, pude ver que Leah chegou primeiro do que nós, e eu agradeci por isso.
Quando estávamos próximos voltamos a nossa forma humana, ainda pude sentir o fedor dos sanguessugas, e fui correndo entrando com tudo pela casa do Charlie juntamente com meus irmãos.
–Bella! - gritei ao sentir o cheiro fresco de sangue.
Bella estava com Leah que a segurava a impedindo de ir até a sala, Bella se volta para mim me abraçando, mas ela se desvencilha rapidamente dos meus braços, eu olhei para Leah que chorava agora nos braços do Embry e somente notei que Bella tinha ido até a sala quando ouvi seu grito.
–Meu filho! Meu filho! Jake!
Corri até ela a vendo ajoelhada diante do Dean que estava caído no chão em meio a uma poça de sangue, me ajoelhei tocando seu corpinho, ele estava cheio de sangue e mordidas, o virei para mim e seu rostinho estava cheio de grandes arranhões, mordidas profundas que rasgaram seu pescocinho e pulsos, mas eu ainda podia ouvir seu coraçãozinho batendo muito fraco.
–Ele está cheio de sangue, Jacob!
–Ele está vivo ainda... Sam temos que levar ele ao médico.
Olhei para o Sam que estava parado na minha frente, me olhando, meus olhos queimavam e eu estava de pé com o Dean em meus braços e Bella junto a mim.
–Temos que levá-lo Jacob, ainda podemos salvá-lo. - Paul gritava.
Sam continuava me olhando, ele pegou um cobertozinho do meu filho, vindo até a mim e o cobrindo, Sam me olhou e em seus olhos eu pude entender o que ele não conseguia dizer, que não haveria mais nada a se fazer, meu Dean, ele estaria se unindo aos espíritos dos nossos antepassados. Olhei para o meu filho e tinha uma única coisa a fazer, beijei sua testa.
–Jake, a gente precisa levar ele para o hospital Jacob, por favor. - Bella me dizia. -Até que seu coração pare de bater, Jacob.
Eu a olhei, meus olhos queimavam com as lágrimas, ela chorava, seu lindo rosto em dor, não tive coragem de responder a ela que não adiantaria mais, que nada poderia salvá-lo, ela sabia disso, mas não queria admitir, ela ainda queria uma chance.
–Vamos Jake, por favor, precisamos salvá-lo, precisamos fazer algo, vamos... – Bella agarrou em meu braço colocando uma mão na cabeçinha do nosso filho.
Sacudi a cabeça para ela, eu não conseguia falar que não tinha mais o que fazer, não tinha forças para dizer isso a ela.
Olhei para meu filho em meus braços e senti mais lágrimas caírem pelo meu rosto...
–Não se preocupe Dean, papai está aqui e vai fazer essa dor ir embora. - comecei a embalá-lo em meus braços. -Logo essa dor vai passar.
Comecei a cantar uma música que sempre o fazia adormecer.
Beautiful Boy - John Lennon
Feche seus olhos
Não tenha medo
O monstro se foi
Ele está correndo para longe e seu papai está aqui
Lindo, lindo, lindo
Lindo menino
Lindo, lindo, lindo
Lindo menino
Eu fazia uma tentativa frustrada de cantar para ele, pois minha voz quase não sai diante da dor e do meu choro, eu segurei sua pequena mãozinha como eu sempre fiz desde que ele nasceu, e seus dedinhos por mais machucados que estavam envolveram o meu dedo, firmemente.
Antes de dormir
Faça uma pequena oração
Todos os dias em todos os sentidos
Está melhorando e melhorando
Lindo, lindo, lindo
Lindo menino
Lindo, lindo, lindo
Lindo menino
No oceano que veleja afora
Eu quase não posso esperar
Para te ver mais velho
Mas eu acho que vamos apenas ter que ser paciente
Porque o caminho é longo
Uma vida dura para vencer
Sim é um caminho longo
Mas enquanto isso
Antes que você atravesse a rua
Segure minha mão
Vida é o que acontece a você
Enquanto você está ocupado fazendo outros planos
Lindo, lindo, lindo
Lindo menino
Lindo, lindo, lindo
Lindo menino
Antes de dormir
Faça uma pequena oração
Diariamente em todos os sentidos
Está melhorando e melhorando
Lindo, lindo, lindo
Lindo menino
Querido, querido, querido
Querido Dean
Quando eu terminei de cantar senti que sua mãozinha não mais apertava meu dedo, não pude mais ouvir seu coração... Meu Dean tinha partido.
–Não! Não! – Bella gritava sem parar aumentando ainda mais minha dor.
Olhei para os meus irmãos, Quil esmurrava a parede, Seth ia escorregando suas costas pela parede até o chão e como um menino que sempre foi se encolheu em seu choro.
–Dean? - Paul falou.
O olhei, ele parecia não acreditar, ele também não ouvia o coração do Dean, Paul não agüentou e saiu como um louco porta afora, enquanto Jared corria atrás dele o chamando, Leah e Embry continuavam abraçados e chorando.
Sam veio até meu filho que estava em meu colo e beijou sua testa e depois a minha...
Eu não senti mais forças, me sentei ao chão com meu filho, minhas lágrimas caindo mais e mais.
–Jake, você ainda ouve né?! Ainda ouve o coração dele...
Bella se sentou ao meu lado segurando meu rosto me fazendo encará-la, mas ela já sabia a resposta, ela não esperou que eu confirmasse que nosso filhinho estava morto em meus braços, ela se debruçou sobre ele e o pegou em seus braços.
–Não! Meu amor... Mamãe não pode perder você... Dean, meu filho, meu anjinho. – suas palavras foram se transformando em soluços, em gritos de pura dor e desespero.
Eu me curvei sobre ela querendo tirar dela toda aquela dor, mas não conseguia, pois eu também estava cheio de dor, eu também não tinha mais forças.
Nós permanecemos ali abraçados, chorando copiosamente, mas sabendo que uma parte de nós dois não existia mais.
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