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Capítulo I : Pierrot [O Último Amanhecer]

Atuar! Enquanto estou preso pelo delírio
não sei mais o que digo e o que faço!
Embora... seja preciso que... se esforce!
Bah, por acaso és um homem?
Tu és Palhaço
Vista a fantasia e pinte a cara
As pessoas pagam,e querem rir.
E se Arlequim te rouba a Colombina
Ria, Palhaço, e todos aplaudirão!
Transformas em pantomimas o riso e o pranto;
Em uma metamorfose o soluço e a dor...
Ria, Palhaço, Sobre o teu amor destroçado,
Ria da dor que te envenena o coração!

– Está vendo aquela ali... É a constelação de Vênus.
– É linda Jacob. - ela sorri.

– E aquela é a de Pegasus o cavalo alado.
    Ela... Estava deitada comigo, sua cabeça em meu ombro seu corpo colado ao meu, estamos deitados na caçamba de sua picape, na praia onde vemos às constelações, as estrelas fervilham no céu limpo, está uma linda noite, Emily merecia essa noite em seu aniversário.
    Foi uma grande surpresa ela vir ao aniversário da Emily, ainda mais depois de saber que ela em breve se casaria, o sanguessuga fez questão de deixar o convite para mim, acompanhado de um bilhete que dizia que ela sentia muito, que não queria me magoar, mentiroso, se fosse isso ele não teria trazido o tal convite.
    Amassei o papel e decidi ir embora, talvez longe daqui eu sobrevivesse à dor que me consome, eu não suportaria a ver casada, Sam veio me pedir um tempo, é aniversário da Emily ele me dizia.
–Se você não quer atender o meu pedido tudo bem, mas, por favor, Jake pela Emy, ela não vai suportar passar o aniversário sem você.
    Ele me pedia com um olhar suplicante e eu pude perceber que ele também ficaria triste se eu não fosse, Emily merecia um aniversário feliz, ela não sabia que eu iria embora, somente ele, ela que me deu seu colo tantas vezes escondido do Sam e dos meus irmãos, quantas vezes eu deitei minha cabeça em seu colo triste e ela como uma mãe acariciava meus cabelos e dizia que tudo ficaria bem, eu sentiria falta dela... Sentiria muita falta da Emily.
    Quando achei que meus ouvidos estavam pregando uma peça por estar ouvindo o motor da velha chevy, meu olhar seguindo para a porta recebeu a mais doce constatação, Bella aparecia linda, um pouco tímida e receosa, logo Emily foi até ela a abraçando carinhosamente, seguida pelos meus irmãos que a recebiam, ela me olha desde que chegou, a cada abraço que recebe seu olhar e seu sorriso são para mim.
    E como sempre, eu caio nessa armadilha e fui até ela parando em sua frente, enquanto ela jogou a isca.
–Não mereço seu abraço Jacob Black?
Eu sorri, tolo...
–Gata você merece tudo.

     Bobo... Há alguma horas atrás eu estava xingando ela mentalmente, mas bastou ela chegar, sua presença, seu olhar e seu sorriso, fora que esse pedido por um abraço me fez esquecer de todos os xingamentos que eu fazia, ela não era mais a “maldita” que eu dizia mais cedo, é impressionante o poder que essa garota tem sobre mim.
    Ao mesmo tempo em que ela joga meu coração ao inferno, ela o resgata e o leva ao céu, me fazendo um bobo, me derretendo quando ela conversa comigo, quando toca em minha mão, quando coloca um brigadeiro em minha boca e depois em um estalar de dedos me transforma em um lobo ciumento que solta rosnados ao vê-la com alguns dos meus irmãos que a levam de perto de mim para dançar, mesmo ela dizendo que não sabe, eles não se importaram e até se dispuseram a ensiná-la a dançar.
Se eu deixei isso acontecer? É claro que não.
–Se alguém tem que ensinar ela a dançar esse alguém sou eu Paul.
     Eles riram de mim e ela sorriu fazendo eu me transformar em bobo novamente com seu beijo em meu rosto.
–Ciumento... Acalme-se Jacob. - tão natural.
E para terminar ela aceita o meu convite de pegarmos algumas cervejas e ir até a praia onde eu forro a caçamba da picape dela e nos deitamos um do lado do outro para olhar essas lindas estrelas, se bruxas existem Isabella Swan é uma, e com certeza enfeitiçou meu coração desde a primeira vez que a vi.
–Nunca consegui ver um céu assim em Phoenix.
Nós ainda olhávamos para o céu.

–Eu sempre venho aqui e fico assim olhando isso tudo.
Desvio o meu olhar do céu para ela que continua olhando as estrelas, eu deveria dizer o que sinto, que todas as vezes que faço isso é porque estou pensando nela, não custa me arriscar mais uma vez, já que essa seria a minha última oportunidade de falar tudo.
–Venho aqui e fico pensando, se talvez você também possa estar vendo essas mesmas estrelas, se talvez possa estar pensando em mim como eu estou pensando em você... Que eu daria metade da minha vida para estar com você como eu estou agora.
Ela me olha, nossos rostos perto um do outro e eu me seguro para não beijá-la.
–Metade da sua vida?
Ela me olha séria.
–Sim, porque se eu der ela toda... Eu vou morrer.
Ela solta uma linda risada.
–Só você mesmo Jacob consegue me fazer rir.
Eu dou um sorriso.
–Então, a vida de Isabella Swan é um circo onde o palhaço sou eu.
Ela se vira ainda rindo e joga sua perna em cima da minha e eu fico com a minha entre as dela.
–Oh não fala isso Jake... Você sabe que é especial na minha vida... Meu palhacinho. - e ela ri.
Eu me faço de ofendido, o clima está ficando bem descontraído entre a gente.
–No circo de Isabella Swan, eu sou o Pierrot que ama a Colombina que é você, mas que se casa com o Arlequim.
Nos olhamos, ela por um momento analisa meu olhar, e acho que ela vê algo nele.
–Jacob...

Eu nego, não quero falar isso, não quero estragar esse momento, ele é somente nosso, meu e dela, em breve eu vou olhar essas estrelas e me lembrar desse momento enquanto ela vai estar vendo essas mesmas estrelas nos braços de outro e eu não vou passar de um simples momento com um amigo... Um triste fim para um amor que começou tão bonito, pois eu a amei, desde que meus olhos encontraram os dela no dia em que ela chegou, eu ali senti que ela poderia ser quem eu esperava, a garota a quem eu pudesse entregar meu coração, meu corpo, e até imaginar minha vida junto com ela para sempre, mas essa é a história de Romeu e Julieta, e no meu caso com ela, eu não sou o Romeu, sou um Pierrot, um palhaço de vestes simples, que sofre de amor por uma garota que ama um outro alguém, sou o palhaço que quando as luzes do picadeiro se apagam fica sentado, triste no centro do picadeiro, sou aquele que é somente o que faz rir e nunca o que pode ser amado.

“Ridi, Pagliaccio, sul tuo amore infranto,ridi del duol che t'avvelena il cor!”

Eu canto, aprendi essa canção há pouco tempo na escola, um professor levou essa peça para que pudéssemos assistir e nela se cantava essa canção.
–O que significa?
Ela me pergunta, eu deixo as estrelas e suspiro...
–Ria, Palhaço, Sobre o teu amor destroçado, Ria da dor que te envenena o coração! - eu falo para ela embargado, um nó se faz em minha garganta, só não quero chorar na frente dela.
–Como você soube? - ela me pergunta.
–Seu sanguessuga, ele me enviou o convite.
Ela se levanta olhando para mim.
–Ele fez isso?! Eu disse que não queria isso, que não queria te magoar.
Como ela é ingênua.
–Bells, ele está pouco se lixando se eu vou sofrer. - eu toco seu rosto, ela sofre.
–Tudo bem Bells, eu estou conformado... Eu sabia que isso iria acontecer, beijos não são promessas e você me amar também, como você mesma me disse, não muda nada da sua decisão... Eu estou ferrado mesmo.
Ela segura minha mão em seu rosto e me olha nos olhos...

–Não faz isso Jake, não magoe você e a mim também.
Eu volto a deitar e fico olhando as estrelas.

Pov Bella

    Ele... Volta a olhar as estrelas enquanto eu o olho, analisando tudo, porque eu aceitei de tão bom grado o convite da Emily?
     Eu sei a resposta, por ter me despedido dele o deixando ferido, seu rosto banhado em suor pela dor de seus ferimentos e eu simplesmente saí, ouvindo que até depois que meu coração parar de bater ele lutaria por mim.
     Aceitei o convite por após eu ter ido embora dizendo a mim mesma que ali havia sido nossa despedida chorei como nunca havia chorado, nem por Edward.
  Aceitei por não aguentar a vontade de vê-lo nem que seja pela última vez.
   Porque essa vontade? Por ele ser meu amigo... Ou por ser meu amor?
   Eu o amo, amo como amigo e amo como homem, ter os os mesmos desejos, os mesmos sonhos, em um mundo natural ele seria meu sim, mas... O que faz com que eu pense que nessa vida louca entre lobos e vampiros Jacob não poderia ter as mesmas chances de Edward? Eu o amo, é um fato, uma afirmação, então o que há de diferente? Simples de responder, eu nunca dei a Jacob a chance que Edward teve, mas no momento em que ele teve, que eu os deixei igualar ao outro, descobri que também o amava.
Seria errado eu dar a Jacob as mesmas armas que eu dei a Edward? E se eu der a Jacob as mesmas armas de Edward, ele lutaria de igual para igual, o que é justo e no fim quem venceria?
Eu sei que o amo, amo tanto ao ponto de sofrer por ele, amo tanto ao ponto de chorar de saudade, ao ponto de queimar a minha alma por falta dele, e tudo isso eu havia descoberto em um único beijo que transmitiu a mim a verdade que eu tanto renegava...
Que eu também o amava, que ele também tem o meu sim, e se a vida fosse mais justa e eu menos burra eu teria aceitado isso desde que o conheci.
Aceitado que aquele garoto que sorriu tão lindo para mim no momento em que nos encontramos também poderia ser a escolha certa.
–Vem Bells não vamos estragar isso, me deixa pelo menos quando você se for poder olhar as estrelas e me lembrar de você, desse momento.
Ele disse, mas continuei como estava sentada o olhando.
–O que foi? - ele me pergunta.
–Não é nada. – respondo.
Covarde! Ele continuou me olhando.

POV Jacob

Ela... Me olha de uma forma que não sei explicar, me olha de uma forma diferente, há algo de novo nesse olhar, ela também me quer, uma análise dela própria, uma maldita verdade que ela teima em querer negar, tem medo de assumir, isso me faz levantar e sentar em sua frente decidido, isso não vai acabar assim, toquei seu rosto.
–Me diz Bella... Naquele momento na montanha... O que você imaginou?
Ela me olha, negando, tentando afastar minhas mãos dela, mas eu continuo, nao vou desistir.
–Conta, me fala... Você imaginou sua vida comigo não foi? Se viu sentada em uma varandinha, numa casa simples, em seus braços um bebê meu, e diante de você eu brincando com um menino, na frente de nossa casa... Nosso lar Bells... Sabe porque eu sei isso? Porque eu imaginei a mesma coisa Bells, e porque também vejo isso no seu olhar...
Ela me olha assustada, eu acertei em cheio, ela respira com dificuldade e eu sussurro para ela.
–Me diz Bells... O que você está pensando agora?
Ele olha dentro dos meus olhos.
–Que quero ser sua...


“O pierrot apaixonado chora pelo amor da colombina
E a sua sina chorar a ilusão em vão, em vão
E a colombina só quer um amor
Que não encontra num braço qualquer
Essa menina não quer mais saber de mal-me-quer
Só do pierrot, pierrot
Pierrot, pierrot, pierrot, pierrot...”


Não havia palavras para dizer, foi como se uma corrente elétrica corresse por nós dois ligando nossos corpos subitamente um ao outro... Nossos lábios uniram-se e nos beijamos como loucos tamanha extensão de nosso desejo, nossas línguas tocaram uma na outra explorando e degustando nosso sabor em uma comunhão perfeita de gemidos e suspiros.
   À medida que nossos beijos se intensificavam, nossos corpos automaticamente se conduziam por si próprio... Mãos que não se aquietam e que exploram o corpo um do outro, reconhecendo minuciosamente cada centímetro com um único intuito de prendê-lo na memória como a recordação de que uma única vez estávamos entregues um a ao outro sem restrições.
   Nos afastamos um pouco ainda ofegantes pelo beijo, podendo ver a visível intensidade e o querer por mais, enquanto podia sentir as mãos de Bella seguram a bainha da minha camisa e no momento em que senti as almofadas de seus dedos tocarem em minha pele não pude resistir em tomar seus lábios novamente, mas tive que voltar a me afastar para dar acesso para retirar minha camisa me deixando exposto. Suas mãos tocaram meu peito deslizando até meu abdômen... Um gemido rouco saiu do fundo de minha garganta e fechei meus olhos quando senti seus lábios tocarem na mesma linha que seus dedos traçaram.
–Jake... Você é tão lindo...
Ela sussurrou enquanto sua língua deixava o rastro de seu calor em minha pele, para que somente me fizesse ansiar por sentir seu gosto.
Tomando novamente o controle retirei sua blusa e seu sutiã, ao ver seus lindo seios pequenos, mas na medida que coubessem em minhas mãos, suguei seus mamilos rosados, tão delicados e frágeis em minha boca. Bella inclinou seu corpo para mim dando mais acesso ao seus seios, a puxei para meu colo encaixando suas pernas em volta da minha cintura.
Voltamos a nos beijar, enquanto sentia ela remexer em meu colo estimulando mais minha excitação coberta pelo jeans. O ar nos faltava, ainda assim não era nada para nos tirar daquele momento de entrega.
Mantendo no mesmo ritmo, mudei nossa posições a pondo deitada sob mim.
–Quero você Bells. - digo enquanto beijava seu pescoço.
–Eu também te quero Jacob. - ela me diz dando a resposta que eu tanto necessitava em ter.
Tomei seus lábios com carinho enquanto carinhosamente acariciava seu corpo, desci minha mão até o botão de seu jeans e abri com facilidade abaixando lentamente o zíper, Bella arfou em minha boca e mordi levemente seu lábio inferior.
Me afastei um pouco descendo meus lábios por seu corpo enquanto retirava sua calça junto com a sua calcinha. Podia sentir o cheiro de sua excitação, do teu doce mel. Beijando suas pernas cheguei em suas coxas até encontrar sua carne inchada mantendo toda minha atenção em sua fenda onde a chupei com gosto, escutando seus gemidos misturados com os meus por estar degustando do teu néctar.
Não havia sombra de dúvidas que ambos desejavam um ao outro e levantei um pouco, retirando minha calça ficando completamente nu. Bella olhou para mim com sua face corada ... seus lábios estavam vermelhos e um pouco inchados e trêmulos. Sei que era a sua primeira vez, como também era a minha, apesar de tê-la tocado tão intimamente, foi só o reflexo de todo o meu desejo por ela e resultado dos filmes pornôs que eu já havia visto.
Voltei a me debruçar por cima do seu corpo, encaixando meu quadril por entre suas pernas. Olhei para aqueles lindo olhos chocolates que tanto amava ficando presos neles, enquanto acariciava seu rosto.
–Te amo tanto Bells...
–Eu te amo Jake... - ela sussurrou tocando seus lábios nos meus, seguindo em um ritmo calmo e apaixonado.
    Aos poucos fui me encaixando em seu interior lentamente, mas ao encontrar uma barreira procurei não invadi-la com força. Era tão lisa, quente, apertada, que tinha que me manter controlado, ainda porque não queria machucá-la. E se esse seria o nosso único momento em que pertencíamos um ao outro, não queria que fosse representado com dor e sim muito desejo e entrega.
   Bella se remexeu inquieta enquanto me movimentava lentamente... Não sabia se seus gemidos eram de dor ou prazer, ainda assim temia que ela desistisse de se entregar a mim por medo. Porém uma atitude súbita dela me surpreendeu. Bella rodeou suas pernas em minha cintura tocando em meu traseiro e ao mesmo tempo fazendo com que eu me encaixasse mais dentro dela. E esse foi o sinal de que ela queria mais e fui bem mais fundo.
     Nossos corpos estavam completamente suados e a medida que aumentava meu impulso nos encaixamos nos tornando um só... Ao sentir cada polegada da sua intimidade preenchida por mim voltei a me movimentar aos poucos estocando minuciosamente, decorando cada extensão do seu interior e o quanto me recebia prontamente como se fosse feita para somente me receber.
    A medida que os segundos passavam me sentia chegar ao limite... E sentia Bella contrair, seu corpo tremer levemente, era visível que ela chegava também ao limite...
–Comigo Jake... Por favor.
    Ela suplicava por mim, suplicava que eu também gozasse com ela, tirei suas mãos das minhas costas e as segurei entrelaçando nossos dedos e então explodimos, falando um o nome do outro, eu estava anestesiado, deitei sobre seu corpo enterrando meu rosto em seu pescoço, ouvindo nossa respiração ofegante e nossos corações batendo a mil.
    Por fim me levantei e fiquei olhando-a enquanto acariciava seu cabelo, eu ainda permanecia dentro dela, a beijei delicadamente enquanto ela me incentivava a continuar, se mexendo, me preparando para mais uma vez e depois outra até que estávamos saciados definitivamente.
    Eu acariciava seus cabelos pensativo, ela também estava, talvez estivesse arrependida, foi uma loucura da sua parte, eu beijava o topo da sua cabeça e pensava o quanto estou ferrado depois disso, minha primeira garota, mas vai se casar com outro, em breve ela fará amor com ele, em breve ele lhe dará prazer, ele vai ouvir seus doces gemidos.
–Preciso ir. - ela me diz.
Fecho meus olhos, é claro que precisa, ela não me disse que me queria, ela não disse que agora não se casaria, ela simplesmente diz que precisa ir.
–Claro Bells...
Me limitei apenas a dizer isso, não havia mais nada a dizer, não iria implorar pelo seu amor.
Nos vestimos, entramos no carro e fomos para sua casa, ela está aconchegada a mim, mas não falamos nada.
Tantas vezes sonhei com esse momento, quando ela finalmente seria minha, fazer amor com ela, dizer que ela seria a minha primeira garota, não adiantou de nada, era para mudar? Não, ela deixou bem claro, isso não vai mudar a minha escolha.
Mas vai me mudar de vez, não há chance para mim em sua vida, então não há vida para mim.
Chegamos em sua casa, nós descemos e eu a acompanho até a porta, sorrindo, beijo sua testa em forma de respeito.
–Vou sentir saudades Bella.
Ela se afasta de mim me olhando.
–Leva o carro, amanhã você...
Eu neguei.
–A noite está boa Bella, vou correr um pouco... Deixar o garoto aqui sair.
Ela me olha com um meio sorriso, mas parece saber de algo, seus olhos tem lágrimas e meu coração tem dor.
–Até amanhã Jacob.
Ela entra ainda olhando para mim.
–Adeus Bells. – sussurro.
Estou saindo, virando as costas quando a porta se abre e ela vem se atirando em meus braços chorando.
–Shiii... Tudo bem Bella, é serio, não chore, por favor.
Ela sofria, o sanguessuga estava certo, ela não queria me magorar, mas quem estava quebrando a promessa era eu, mais uma vez eu a magoei, pois ela agora estava mais confusa ainda.
Amar também é desejar a felicidade para quem você ama, mesmo que isso signifique ela estar nos braços de outro.
Teria dado certo se ele não tivesse voltado, se ela não tivesse ido para a Itália, teria dado certo.
Se, se e se... Seguro seu rosto e beijo delicadamente seus lábios, um sorriso mentiroso em meus lábios para convencê-la de que está tudo bem.
–Até amanhã Bells.
–Você promete?
Eu olhei bem dentro dos seus olhos.
–Sempre vou estar com você, mesmo que seja nos seus sonhos, ou no seu pensamento, assim como você sempre vai estar comigo... Agora vai, amanhã tudo estará bem, eu te prometo.
Ela foi se desvencilhando de mim lentamente e olhando para mim foi entrando e fechando a porta.
Suspiro, não vou chorar... A dor é insuportável... Eu me viro e vou caminhando e caminhando, depois meus passos vão se tornando mais rápidos e mais rápidos e as lágrimas vão caindo... E ele veio, logo eu estava em quatro patas.
Cheguei até a entrada da reserva, mas não entrei, apenas soltei o mais alto e mais forte que pude um uivo... Que era a minha despedida.

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